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Costa também vê "preconceito ideológico" na Comissão Europeia

O primeiro-ministro defende que com pessoas como Dijsselbloem à frente do Eurogrupo o "euro está condenado". Antes, Catarina Martins acusou o BCE de ser "devedor" do raciocínio transmitido pela frase polémica do presidente do Eurogrupo.

Bruno Simão
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O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira, 22 de Março, que há um "preconceito ideológico" quando a Comissão Europeia critica num relatório a decisão do governo português de aumentar o salário mínimo nacional (SMN), mesmo perante o crescimento da economia e a criação de emprego. Costa tentava assim mostrar que a polémica declaração de Dijsselbloem sobre os países da Europa do Sul tem um alcance mais abrangente. 

Em resposta à líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, António Costa afirmou que a presidência do Eurogrupo tem de ser "um catalisador" para estabilizar o euro e que "com Dijsselbloems à frente do Eurogrupo o euro está condenado". 

O líder do Executivo repetiu que "este tipo de preconceito assenta em critérios racistas, sexistas e xenófobos" mas salientou que "há outros preconceitos ideológicos". 

Costa dirigia-se à Comissão Europeia e não ao Banco Central Europeu (BCE) que Catarina Martins tinha acusado antes de ser "devedor do raciocínio" do presidente do Eurogrupo que defendeu que os países da Europa não podem gastar dinheiro todo em "copos e mulheres" e pedir ajuda depois. 

O primeiro-ministro referiu-se ao relatório de Fevereiro da Comissão Europeia, com data de Fevereiro, e que está na origem do relatório do BCE que pressiona sanções a Portugal por desequilíbrios macroecnómicos excessivos.

Costa falava concretamente a propósito das críticas de Bruxelas ao aumento do SMN. "Vir-se dizer que é uma ameaça à nossa economia é querer agir de acordo com uma cartilha ideológica", acusou. 

"Temos de ser firmes contra todos os preconceitos, nomeadamente os desta natureza", concluiu.

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