"O programa cautelar é uma espécie de purgatório antes de chegar ao céu", disse o economista à margem da Conferência "Um Orçamento Pós-Troika", organizado pela Antena 1 e pelo Diário Económico. 

Bagão sublinha que não se trata de um segundo resgate porque não há novos financiamentos. "O Estado português passa a ir ao mercado com algum apoio de outras  entidades relativamente ao preço", explicou. Mas continua a haver condicionantes.  

No que diz respeito ao Orçamento do Estado para 2014 Bagão acredita que o Governo já tem um plano B para reagir a um possível chumbo do Tribunal Constitucional. 

"É passarmos de um défice de 4% para 4,5%", afirma. O economista fez as contas e se o chumbo corresponder a 800 milhões de euros, como se fala, isso representa meio por cento do Produto Interno Bruto. Bagão não vê qualquer motivo para a troika não aceitar esta derrapagem no défice, tal como tem feito "todos os anos".