"A receita fiscal líquida acumulada do Estado cresceu 3,8% com um aumento da receita fiscal cobrada de 645,5 milhões de euros. A receita líquida dos impostos directos está em linha com o mesmo período de 2014 (0,9%)", pode ler-se na síntese de execução orçamental, publicada esta sexta-feira, 24 de Julho. "Por sua vez, a receita líquida acumulada dos impostos indirectos aumentou 6,1%, com especial destaque para o desempenho da receita líquida do IVA, assim como do ISV, do ISP e do IUC."

O IVA é especialmente relevante. Nos primeiros seis meses, a receita fiscal proveniente deste imposto está a aumentar 540 milhões de euros, enquanto a receita de impostos total está a avançar 645,5 milhões de euros. Isto é, 70%. Claro que esta correspondência não é total, uma vez que alguns impostos dão contributos negativos, mas permite perceber o impacto do IVA na receita. 

"A receita líquida acumulada em sede de IVA cresceu 8,0% face a Junho de 2014, apesar de não ter havido qualquer alteração de taxas de 2014 para 2015", acrescenta a DGO. "Este crescimento da receita do IVA continua a evidenciar a recuperação da actividade económica e a crescente eficácia das novas medidas de combate à fraude e evasão fiscais."

Ainda dentro dos impostos indirectos, as maiores variações percentuais homólogas pertence aos impostos sobre veículos (57,4%), consequência do crescimento substancial das vendas de automóveis ligeiros, e impostos sobre produtos petrolíferos (66%). Entre os indirectos, o único a registar uma quebra é o imposto sobre o tabaco (-18,1%). 

No que diz respeito a impostos directos, a receita de IRS também está a ser inferior no ano passado até Junho (-0,4%), quando estava a crescer até Maio. Já o IRC está a crescer 2,2%.