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Zona Euro mantém crescimento forte apesar dos sinais de alerta

O índice compósito da indústria e serviços da IHS Markit subiu uma décima e os indicadores continuam fortes. Draghi tem argumentos para concretizar a progressiva retirada dos estímulos.

Bloomberg
23 de Agosto de 2018 às 10:30
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O crescimento continua robusto, mas os sinais de alerta estão lá. O índice compósito da indústria e serviços da IHS Markit de Agosto subiu de 54,3 para 54,4, mas ficou uma décima aquém do esperado pelos economistas consultados pela agência Bloomberg. Os dados foram revelados esta quinta-feira, 23 de Agosto.

Segundo o relatório, o crescimento económico do terceiro trimestre deste ano na Zona Euro poderá igualar o ritmo obtido no segundo (0,4%) e os indicadores de actividade, emprego e preços continuam elevados, explica a agência de notícias.

Os resultados robustos são consistentes com a redução progressiva do programa de compras do Banco Central Europeu, tal como planeado e anunciado por Mario Draghi. O presidente do BCE já disse que as compras líquidas vão terminar em Dezembro deste ano, depois de passarem para metade já em Setembro (dos 30 mil milhões de euros que ainda se mantêm, para 15 mil milhões de euros).

Mas o actual ritmo de crescimento do conjunto dos países da moeda única é um dos mais fracos do último ano e meio e as expectativas das empresas para o crescimento futuro baixaram para o valor mais baixo em dois anos, assinala a Markit.

"Os indicadores avançados sugerem que o ambiente de negócios pode arrefecer assim que terminar o Verão. Os riscos parecem pender para o lado negativo", diz Chris Williamson, economista da IHS Markit, à Bloomberg.

Tanto na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de política monetária de Junho, como na de Julho, Mario Draghi frisou que o plano delineado para reverter os estímulos que estão no terreno está dependente da confirmação progressiva das expectativas do BCE, nos dados quantitativos.

Caso os riscos negativos se concretizem, como por exemplo uma intensificação das disputas comerciais e do seu impacto nas expectativas dos agentes económicos, Draghi deixou margem suficiente no discurso para abrandar o ritmo da retirada dos estímulos.

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