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BCE só deverá subir taxa de juro de referência em Dezembro de 2019

A Bloomberg consultou vários economistas e esta foi a conclusão da maioria: a taxa de juro directora para o refinanciamento só deverá sofrer alterações em Dezembro de 2019, embora a subida na taxa dos depósitos lhe deva preceder.

reuters
20 de Julho de 2018 às 10:07
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A Bloomberg sondou os economistas e estes apontam para que Draghi só tenha tempo para subir a taxa de juro dos depósitos antes de abandonar o cargo de presidente do BCE, em Outubro de 2019. A subida da taxa de referência deverá ficar para Dezembro do próximo ano.  

De acordo com as opiniões recolhidas pela agência, há três datas chave na mente dos economistas. Primeiro, o próximo mês de Março, no qual esperam linhas orientadoras mais precisas quanto à política monetária. Depois, o seguinte Setembro, o mês no qual prevêem que aconteça a subida nas taxas de juro dos depósitos. Já a taxa de refinanciamento de 0% agora em vigor só deverá ver alterações em Dezembro de 2019, acreditam os mesmos especialistas.

Os inquiridos contam ainda que as taxas aplicadas aos depósitos evoluam dentro do espectro negativo, dos actuais menos 0,4% para menos 0,2%.

Mario Draghi animou os investidores no passado mês de Junho ao prometer adiar o aumento da taxa directora para "depois do Verão de 2019", sem especificar contudo a data.

No mesmo momento, o presidente do BCE anunciou que o programa de compras vai manter-se ao actual ritmo de 30 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2018. Depois, deverá baixar para um ritmo de 15 mil milhões até ao fim do ano. Apesar do "quantitative easing" ter um final à vista, Draghi reconfortou ainda os mercados prometendo outros meios de apoio monetário após o encerramento deste programa.

O italiano que tem liderado o banco central desde 2011 deverá deixar a cadeira de presidente precisamente no final de Outubro, antes de cumprir todos os objectivos que delineou, de acordo com estas previsões. Isto, numa altura em que a guerra comercial com os EUA é o maior factor de incerteza para a economia europeia, ecoam ainda os analistas.

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