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Vítor Gaspar diz que supervisor bancário único deve abranger todos os bancos da Zona Euro

O ministro das Finanças defendeu esta quarta-feira, em Bruxelas, a necessidade de assegurar que o futuro supervisor bancário único será "efectivo" e que abrangerá todas as organizações bancárias da Zona Euro.

12 de Dezembro de 2012 às 22:16
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Intervindo no debate entre os ministros das Finanças da União Europeia (UE) na reunião extraordinária sobre o mecanismo único de supervisão bancária, em Bruxelas, Vítor Gaspar apontou a "necessidade de acabar com a ligação entre risco soberano e risco bancário" e de "eliminar a actual fragmentação dos mercados financeiros dentro da UE, como um elemento-chave para um efectivo mecanismo de ajustamento dos desequilíbrios dentro da Zona Euro".

No que respeita ao mecanismo de supervisão, o ministro das Finanças defendeu que deve ser efectivo e abranger todas as organizações bancárias na Zona Euro.

"O elemento-chave que acredito que devemos ter, que devemos assegurar é, em primeiro lugar, que o mecanismo único de supervisão bancária é efectivo e cobre todas as organizações bancárias na zona euro", disse.

O mecanismo único de supervisão bancária, com entrada em funcionamento prevista para 1 de Janeiro de 2013, deverá abranger todos os bancos da zona euro (cerca de 6.000), mas mesmo os países que não façam parte da moeda única podem também aderir, se assim o desejarem.

O Banco Central Europeu (BCE) será a instituição responsável pela supervisão do sistema bancário da zona euro, enquanto a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) terá um papel de regulador.

À entrada para a reunião, vários ministros afirmaram ser possível chegar hoje a um compromisso sobre o supervisor bancário único, embora existam divergências entre os Estados-membros, nomeadamente no que respeita à dimensão dos bancos que ficarão sujeitos ao controlo directo do BCE e ao sistema de tomada de decisões.

O ministro francês, Pierre Moscovici, instou os seus homólogos europeus a alcançarem hoje um acordo, mostrando-se disposto a aceitar que o controlo directo abranja apenas bancos com activos superiores a 30.000 milhões de euros.

Também os titulares da pasta das Finanças na Alemanha e na Suécia se mostraram confiantes na possibilidade de ser alcançado hoje um compromisso.

O ministro sueco, Anders Borg, condicionou, no entanto, o seu apoio à criação de garantias para os países que não integram a zona euro - como a Suécia - não fiquem em desvantagem no processo de tomada de decisões.

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