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Rajoy diz que Espanha não é responsável pela frustração gerada pelo Syriza

O chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, considerou este domingo que a Espanha não é responsável pela "frustração gerada pela esquerda radical grega, que prometeu aos gregos aquilo que já sabia que não conseguiria cumprir".

Reuters
01 de Março de 2015 às 16:53
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Mariano Rajoy falava este domingo, 1 de Março, em Sevilha, um dia depois de o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ter acusado Portugal e Espanha de terem trabalhado em conjunto para conduzir a Grécia "ao abismo", com o objectivo de "evitar riscos políticos internos".

 

Tsipras também afirmou que as forças conservadoras europeias, entre as quais colocou os dois países, tentaram "minar" cada passo dado no sentido de se chegar ao acordo entre a Grécia e o Eurogrupo, para evitar que o exemplo grego criasse escola em Espanha e Portugal.

 

As declarações do presidente do Governo espanhol surgem horas depois de ter sido noticiado que Portugal e Espanha enviaram um protesto conjunto sobre as declarações de Tsipras, iniciativa que fonte do executivo espanhol disse ter sido de Lisboa e a que Madrid se juntou.

 

Contudo, o Governo português veio dizer ao início da tarde de hoje que não escreveu qualquer carta de protesto contra as declarações de Tsipras, tendo manifestado a sua perplexidade perante "acusações infundadas" do primeiro-ministro grego através de canais diplomáticos.

 

Em declarações hoje em Sevilha, Rajoy afirmou: "Ir à procura de um inimigo externo é um truque que já vimos muitas vezes ao longo da história, mas que não nos resolve os problemas, apenas os agrava. A única forma de resolver os problemas é ser sério, dizer a verdade, não prometer o que não depende de ti e não podes cumprir, e governar".

 

O chefe do Executivo espanhol - que participava num ato de pré-campanha do seu partido, o PP - reafirmou que Espanha vai continuar a ser solidária com a Grécia "tal como com todos os outros países da UE", mas também exige que a Grécia cumpra os seus compromissos, como fez Espanha.

 

"Sem cumprir obrigações e compromissos é impossível construir projectos políticos, ou seja construir a UE", realçou.

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