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Portas recorda "protectorado" da troika e "sacrifícios" dos portugueses para comentar Juncker

O presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro comentou esta quinta-feira as declarações do presidente da Comissão Europeia referindo-se à situação de "protectorado" em que a troika deixou Portugal e aos "sacrifícios" dos portugueses que permitiram ultrapassar essa etapa.

Pedro Elias/Negócios
19 de Fevereiro de 2015 às 22:27
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À saída da abertura das "jornadas do investimento", promovidas por PSD e CDS-PP, Paulo Portas foi confrontado pelos jornalistas com as declarações de Jean-Claude Juncker, que disse na quarta-feira que a troika "pecou contra a dignidade" de portugueses, gregos e também irlandeses, reiterando que é preciso rever o modelo e não repetir os mesmos erros.

 

"Ouviram-me muitas vezes dizer que a situação que em 2011 o Governo socialista atirou Portugal era a situação de um protectorado e ouviram-me muitas vezes dizer que o co-governo com o sindicato de credores era um vexame para uma nação com 900 séculos de história", afirmou Paulo Portas, que não comentou que o ministro da Presidência tenha dito hoje que Juncker foi "infeliz" nas suas declarações.

 

"Ouviram-me muitas vezes criticar a divergência e até uma certa hipocrisia entre as lideranças políticas por exemplo do FMI e as equipas técnicas das entidades e instituições que, no terreno, faziam coisas diferentes", declarou Portas à saída da iniciativa em que interveio juntamente com o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

 

O vice-primeiro-ministro afirmou que um dos dias da sua vida política em que teve "maior vergonha" foi quando "Portugal pediu o resgate, em desespero, de mão estendida". "E nestes anos muito difíceis para todos, um dos dias em que senti missão cumprida foi o dia em que Portugal terminou o programa com a 'troika', maio de 2014", sublinhou.

 

Para Paulo Portas, "mais do que uma proeza da troika em Portugal, foi a dignidade dos portugueses, tem 900 anos, foi o esforço dos portugueses, foi o sacrifício dos portugueses, que permitiu superar a etapa da 'troika'".

 

O ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares classificou hoje as declarações da véspera do presidente da Comissão Europeia de infelizes, garantindo que a dignidade de Portugal "nunca foi beliscada" pela 'troika'.

 

"Acho, manifestamente, que é uma declaração bastante infeliz do presidente da Comissão Europeia porque nunca a dignidade de Portugal nem dos portugueses foi beliscada, pela troika ou qualquer das suas instituições. Só posso classificá-la como declaração infeliz", afirmou Marques Guedes, na conferência de imprensa após o conselho de ministros, em Lisboa.

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