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Crise grega ao minuto, segunda 6 de Julho: Merkel e Hollande mantêm aberta porta das negociações. BCE exige mais colaterais aos bancos

Depois da vitória do "não" no referendo grego, os responsáveis europeus avisam que não será mais fácil chegar a acordo, mas assinalam que o lugar da Grécia é na Zona Euro. Merkel e Hollande pedem propostas "sérias" a Tsipras, que as prometeu apresentar esta terça-feira. Tsipras pediu a Draghi um aumento da liquidez para a banca grega. Acompanhe aqui os acontecimentos.

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21h49- Também através de uma chamada telefónica, Alexis Tsipras ouviu Christine Lagarde, directora-geral do FMI, explicar que os estatutos da instituição que lidera não permitem libertar qualquer tipo de financiamento quando um país detém pagamentos em atraso perante o Fundo. É esse o caso da Grécia que no passado dia 30 de Junho não cumpriu o pagamento previsto de quase 1,6 mil milhões de euros ao FMI.  

21h45-
Já esta noite, Alexis Tsipras conversou por telefone com Mario Draghi, presidente do BCE. Tsipras terá solicitado a Draghi um aumento da linha de emergência de liquidez para a banca grega para que as autoridades gregas possam levantar o controlo de capitais imposto a 29 de Junho último. 

21h15 -
O primeiro-ministro holandês apelou para que os gregos aceitem implementar reformas profundas caso queiram permanecer na Zona Euro. "Se as coisas permanecerem como estão, então ficamos num impasse. Não há outra hipótese, eles devem estar prontos a aceitar reformas profundas", disse Mark Rutte, citado pelo Guardian.

21H03 - Mariano Rajoy mostrou-se favorável a uma ajuda europeia à Grécia, mas "com responsabilidade" e reformas por parte do executivo de Atenas, no dia seguinte à vitória do "Não" no referendo. "O que interessa é que a Grécia saiba que nós estamos dispostos a ajudá-la (...) mas em troca é preciso que o país faça as reformas necessárias ao crescimento e à criação de emprego. Solidariedade, sim, mas ela deve ser acompanhada de responsabilidade", disse o primeiro-ministro conservador espanhol, citado pela Lusa.

20h20 O antigo presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, que promoveu a entrada da Grécia na União Europeia em 1981, disse hoje que o país deve ser suspenso do euro. "É necessário colocar a Grécia fora do euro", defendeu hoje Valéry Giscard d'Estaing numa entrevista à revista francesa L'Express, considerando que os gregos "abandonaram a união económica, e assim, indirectamente, a união monetária". 


19h02 -
Euclid  já tomou posse como ministro das Finanças da Grécia. Em conferência de imprensa, o novo ministro garantiu que o governo quer manter as negociações com os credores internacionais. "O povo grego enviou uma mensagem, através do referendo, de que não aceita uma solução insustentável. O voto no referendo foi o voto da classe média trabalhadora e de todos os que perderam os seus negócios e que querem confiar num governo que vai garantir uma solução sustentável", afirmou Tsakalotos. Para o novo ministro das Finanças, o povo grego deve um "grande obrigado a Yanis Varoufakis". "Não teríamos chegado até aqui sem Varoufakis", disse. 


18h51
 François Hollande e Angela Merkel acertaram agulhas esta tarde em Paris, na sequência da vitória do "não" no referendo grego às propostas de acordo. O presidente francês diz que, após a declaração conjunta dos maiores partidos gregos de que querem ficar no euro, a porta das negociações mantém-se aberta. Mas são precisas propostas "sérias", sublinhou, e que possam ser aceites pelas outras 18 democracias do euro, precisou ao seu lado chanceler alemã Angela Merkel.




18h46
O Banco Central Europeu manteve a Assistência de Liquidez de Emergência (ELA) para a banca grega nos 89 mil milhões de euros. O banco central decidiu também ajustar os "haircuts" dos colaterais


18h36 -
Os Estados Unidos pediram à Europa e à Grécia que cheguem a um acordo que evite a um Grexit. "É do interesse dos Estados Unidos e da Europa que a crise grega seja resolvida. É um desafio europeu para resolver", afirmou o porta-voz da Casa Branda Josh Earnest, segundo o The Guardian.


17h53
Angela Merkel já chegou ao Palácio do Eliseu, onde vai estar reunida com o presidente francês, François Hollande. Segundo o The Guardian, os dois responsáveis vão emitir um comunicado conjunto antes do jantar. 

17h45 
Também o ministro britânico das Finanças se pronunciou sobre a situação na Grécia. George Osborne garante que o governo do Reino Unido continua a apelar a todas as partes para que encontrem uma solução que permita ultrapassar a crise. Osborne disse ainda que os cerca de 2 mil pensionistas britânicos que residem na Grécia foram aconselhados a criar uma conta num banco britânico.

17h40 
David Cameron revelou já ter conversado, esta segunda-feira, com a chanceler Angela Merkel sobre a crise grega. "Vamos fazer aquilo que for necessário para proteger a segurança económica do reino Unido", disse o primeiro-ministro britânico.

 

17h26 A agência de notação financeira Fitch diz que a vitória do "não" no referendo aumenta "de forma dramática" a possibilidade de acontecer uma saída "desordeira" do país do euro. Ainda assim diz que permanece possível haver um acordo entre Atenas e os credores, embora saliente que será muito difícil que tal acordo, mesmo que limitado, possa ficar fechado antes de 20 de Julho, data em que a Grécia tem que pagar 3,5 mil milhões de euros ao FMI. 


17h25 
Decorridas apenas três horas e meia da demissão do ministro grego das Finanças, os agentes da sua editora sediada em Londres divulgaram um email com excertos do seu livro Global Minotaur, agora actualizado. O director de comunicação da Zed Books, editora da obra de Yanis Varoufais, diz que este foi possivelmente o ministro das Finanças mais 'porreiro', carismático e inteligente de sempre e até sugeriram uma hashtag:#MinisterofAwesome.

17h07 Os bancos gregos vão estar fechados até quarta-feira, 8 de Julho, avança uma fonte oficial do ministério das Finanças. Até lá, os levantamentos nos multibancos continuam limitados a 60 euros por dia. 

17h00
A teleconferência dos governadores do Banco Central Europeu (BCE) para discutir a linha de liquidez à banca grega está agendada para as 17h00 (hora de Lisboa), segundo fontes da agência noticiosa AFP. 


16h55
O presidente cubano Raul Castro enviou uma mensagem de parabéns a Alexis Tsipras pela vitória do "não" no referendo. "O resultado [do referendo] mostra o enorme apoio do povo grego à política corajosa do governo que lidera", escreveu o presidente de Cuba numa mensagem publicada esta segunda-feira no jornal estatal. 

16h50 O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, afirmou que está do lado da Grécia a responsabilidade de apresentar propostas "precisas". Só depois "veremos o que pode ser feito", disse o responsável durante uma conferência de imprensa em Varsóvia. Na mesma ocasião, o ministro das Finanças da Alemanha afirmou que o referendo não facilitou a situação da Grécia e garantiu que nunca teve problemas pessoas com Yanis Varoufakis, que hoje apresentou a sua demissão do cargo de ministro das Finanças da Grécia. 

16h35 - Stavros Theodorakis, líder do partido grego To Potami, afirmou à Skai TV que os líderes dos partidos gregos devem permanecer unidos nesta altura crítica que o país enfrenta, mas que a responsabilidade pelas negociações com os credores cabe ao primeiro-ministro grego e ao Governo. Todos os partidos, à excepção dos comunistas do KKE e do Aurora Dourada, apoiam o comunicado que será emitido hoje pelos partidos gregos com representação parlamentar. 

Theodorakis, de acordo com a Bloomberg, diz que o objectivo do Governo grego nas negociações com os credores passa por fechar um acordo o mais rápido possível.

16h31 –
A escolha de Euclid Tsakalotos (na foto com Yanis Varoufakis) para substituir Yanis Varoufakis como ministro das Finanças já é oficial. O presidente grego anunciou que o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros vai tomar posse esta tarde (20h00 na Grécia, 18h00 em Lisboa). Tsakalotos é o responsável, desde Abril, pela coordenação das negociações com os credores. Tsakalotos, de 55 anos, é doutorado pela Universidade de Oxford, em Inglaterra, é considerado um moderado. Veja o perfil traçado pela Bloomberg.

15h36 - O primeiro-ministro de Portugal considera que "a integridade do euro" não está em causa, depois da vitória do "não" no referendo de domingo, na Grécia. "A integridade do euro não está em causa e não creio que o resultado deste referendo ponha em causa, nem a Zona Euro, nem a integridade do euro", referiu Pedro Passos Coelho, em Bissau, após um encontro com o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.


15h31 -
Num curto comunicado enviado às redacções na sequência da vitória do "não" e da demissão de Yanis Varoufakis, Christine Lagarde diz que o FMI está pronto a apoiar a Grécia se tal for requerido pelas autoridades. "O FMI tomou nota do referendo que teve lugar ontem na Grécia. Estamos a acompanhar a situação de perto a estamos prontos a assistir a Grécia se tal nos for pedido."


15h22
Os líderes políticos gregos vão emitir uma declaração conjunta, onde deverão manifestar o seu apoio a Alexis Tsipras nas negociações com os credores. Esta declaração – que também deverá incluir uma referência à reestruturação da dívida – deverá ser conhecida antes da Cimeira Europeia de amanhã, avança o The Guardian.  


15h10 - 
Intensificam-se as notícias que dão conta que Varoufakis vai ser substituido por Euclid Tsakalotos, que já integra a equipa do governo grego que negoceia com os credores. Mas não há ainda anúncio oficial.Tsakalotos, de 55 anos, é doutorado pela Universidade de Oxford, em Inglaterra, é considerado um moderado. Em 2012 foi eleito deputado pelo Syriza, pertencendo ao comité central e ao secretariado nacional do partido de esquerda radical.

14h39 - 
Wall Street iniciou primeira sessão desta semana em queda penalizada pelo clima de incerteza em torno da Grécia. Depois de na semana anterior terem acumulado a maior desvalorização dos últimos três meses, as principais praças norte-americanas prosseguem assim a negociar no vermelho. 

14h29- A agência Reuters avança que as autoridades gregas vão prolongar por, pelo menos "alguns dias", o encerramento dos bancos que perdura desde a segunda-feira da semana passada, 29 de Junho. O encerramento dos bancos e da bolsa estava decretado apenas até à presente segunda-feira, 6 de Julho, inclusivé. Mas a escassez de liquidez e a continuação da incerteza em torno de um eventual acordo com os credores, deverão determinar o prolongamento do fecho de portas do sistema financeiro helénico. 

14h18 - 
Os governos dos países bálticos - Letónia, Lituânia e Estónia - alertaram que a vitória do 'não' no referendo de domingo agrava a situação da Grécia e reduz as suas possibilidades de sair da crise. As reformas apontadas como necessárias na Grécia continuam a ser inevitáveis, escreveu num comunicado o primeiro-ministro da Estónia, Taavi Roivas, acrescentando que "rejeitar as propostas das instituições credoras torna a situação crítica", citado pela agência Efe.

14h04 - Angela Merkel, a chanceler alemã, e o presidente francês, François Hollande, farão uma declaração conjunta esta tarde, por volta das 19h15, hora de Paris (cerca das 18h15 em Lisboa), de acordo com o correspondente do Financial Times, Peter Spiegel, que cita um comunicado. Depois desta conferência de imprensa, segue-se um jantar de trabalho.

13h55- 
Sigmar Gabriel avisa que a Grécia tem de estar preparada para cumprir as regras do euro e nota que têm de estar "todas as alternativas" em cima da mesa no que concerne à crise grega, até porque o país está agora ameaçado de "insolvência". Tal como avisou Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, durante o fim-de-semana, também ministro alemão da Economia garante que os Estados-membros terão de preparar um programa de ajuda humanitária para atenuar a crise social que se vive na Grécia.


13h45- 
Alexis Tsipras, durante a sua conversa telefónica com a chanceler alemã, Angela Merkel, concordou em apresentar propostas para obter ajuda na Cimeira extraordinária de líderes da Zona Euro, que se realiza amanhã, 7 de Julho. A notícia está a ser avançada pela Reuters, que cita uma fonte do Governo grego que preferiu manter o anonimato. A fonte do Executivo não deu mais detalhes sobre a conversa telefónica entre os dois líderes. 


13h40 -
O primeiro-ministro italiano pediu que as reuniões de terça-feira do Eurogrupo e dos líderes dos países da zona euro sirvam para "indicar uma via definitiva" para resolver a situação "de emergência" na Grécia. Matteo Renzi afirmou que a Grécia está "em condições económicas e sociais muito difíceis", esperando que das próximas reuniões saia uma orientação para resolver a situação. 

13h39 - O presidente russo, Vladimir Putin, exprimiu o seu ao apoio "ao povo grego" face às "dificuldades que o país deve ultrapassar" numa conversa telefónica com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou o Kremlin. Num comunicado, a presidência russa adiantou que Putin e Tsipras também discutiram "várias questões ligadas ao desenvolvimento da cooperação russo-grega".

13h31 -
O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, afirmou que a renúncia do ministro grego, Yanis Varoufakis, representa um alívio para o diálogo com Atenas, mas precisou que não é por isso que as negociações serão mais fáceis.

12h42 - 
O encontro de Alexis Tsipras com os líderes partidários foi novamente interrompido, de acordo com a correspondente do The Guardian em Atenas. Desta vez, o primeiro-ministro grego estará ao telefone com a Chanceler alemã, Angela Merkel.

12h22 - Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro, disse esta manhã que "o lugar da Grécia é e continua a ser na Zona Euro" e que, não obstante a vitória do "não" no referendo deste domingo, ainda é possível encontrar uma solução desde que "todas as partes trabalhem responsavelmente".

12h14 –
"O referendo grego não nos aproximou de uma solução", afirmou Dijsselbloem, citado pela Euronews. O presidente do Eurogrupo realça que continuam a ser necessárias reformas na Grécia depois do referendo de domingo. 


11h34 -
"A estabilidade da Zona Euro não está em questão – estamos disponíveis e somos capazes de assegurar a estabilidade financeira através de todas as formas disponíveis", garante Dombrovskis através da sua conta de Twitter. 


11h29 - No Syriza, a demissão de Varoufakis é apresentada com um sinal de empenho do primeiro-ministro nas negociações. "Varoufakis é muito popular e um brilhante economista, mas tornou-se um alvo para muita gente. Fez muitos inimigos" na Europa, refere ao Negócios Panos Trigazis, responsável pelo departamento de relações internacionais do Syriza em Atenas.

11h27 - Nowotny diz que os desenvolvimentos não facilitaram a acção do BCE, de acordo com a Reuters.


11h25 -
Valdis Dombrovskis, vice-presidente da  Comissão Europeia, afirmou que a vitória do "não" no referendo de domingo aumenta a distância entre a Grécia e outros estados membro da Zona Euro.

 

11h23 - Ministro das Finanças Austríaco, HansJoerg Schelling, considera que não há muito espaço de manobra para se resolver a questão da Grécia na reunião de terça-feira, de acordo com a Reuters.


11h18 - 
O risco de a Grécia não conseguir alcançar um acordo com os seus credores "é possivelmente maior do que alguma vez foi", defendeu Moritz Kraemer, director-geral de ratings soberanos da Standard and Poor’s, em entrevista à Bloomberg Tv. O responsável considera que o risco da Grécia sair do euro cresceu devido aos resultados do referendo. "Espero firmemente que uma restruturação da dívida seja parte integrante da discussão", disse ainda. 

 
11h12 -
Ewald Nowotny, membro do BCE, diz que um acordo entre a Grécia e os credores em dois dias é uma "ilusão" e que um novo programa de ajuda vai demorar tempo a ser acordado, de acordo com a agência australiana, citada pela Bloomberg. O responsável do BCE adiantou ainda que é impensável manter os bancos fechados por muito tempo.


11h07 - 
A ajuda à Grécia só será possível tendo como base as regras do Mecanismo Europeu de Estabilidade, defendeu o porta-voz do ministério alemão das Finanças, Martin Jaeger, citado pela Bloomberg. A agência de informação detalha ainda que um contracto com o Mecanismo Europeu de Estabilidade prevê que o Estado que recebe a ajuda tenha de assinar as condições contratuais. 


11h01 - 
O encontro entre os líderes partidários gregos foi interrompido para que Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia, mantivesse uma conversa telefónica com o Presidente francês, François Hollande. A notícia está a ser avançada pela estação de televisão grega Mega TV e citada pela Bloomberg.


10h46 -
O porta-voz da chanceler alemã, Anglea Merkel, diz que a "porta permanece aberta" para a Grécia, apesar de considerar que as condições ainda não estão reunidas para se reiniciarem as negociações com Atenas. Steffen Seibert proferiu as declarações em Berlim, citado pela Bloomberg.


10h43 -
Luis de Guindos, ministro das Finanças de Espanha, considera que a Zona Euro está a enfrentar o período mais difícil da sua história. O responsável diz estar disponível para negociar um terceiro resgate e não exclui, de acordo com a Bloomberg, uma saída da Grécia do euro. 

10h34 -
Mario Monti, ex-primeiro-ministro de Itália, considera, em entrevista à Bloomberg, que todos os esforços devem ser feitos para manter a Grécia no euro, mas defende que não deve haver tratamento especial e que o Governo grego precisa de mostrar uma maior vontade reformista.

10h19 -
A Rússia espera que a Grécia chegue a acordo com os credores internacionais o mais rapidamente possível, disse o porta-voz do Kremlin, quando questionado sobre o "não" no referendo grego. "Queremos que os nossos parceiros gregos alcancem os compromissos necessários com os credores o mais rapidamente possível e tomem as decisões que permitam a estabilidade económica e social no país da melhor forma, declarou o porta-voz, Dmitry Peskov, citado pela Reuters, acrescentando que o Kremlin respeita o resultado do referendo e que está a monitorizar a situação de perto.

10h11 - O Eurogrupo vai reunir-se terça-feira, 7 de Julho, tendo já sido marcada a hora: 13 horas em Bruxelas (em Lisboa serão 12 horas), informou o seu presidente numa mensagem no Twitter.



9h45 -
O membro do Conselho de Governadores do BCE Christian Noyer declara que "por definição, a dívida grega que está no BCE não pode ser reestruturada porque tal constituiria um financiamento monetário a um estado membro. Noyer disse, ainda, segundo a Bloomberg, que o BCE ainda vai decidir sobre como reagir ao referendo de domingo. Noyer falava aos jornalistas em Paris. 

9h34 - A esta hora os mercados estão assim:

PSI-20 desce 2,14% para 5.459,82 pontos

Stoxx 600 recua 1,29% para 378,49 pontos

Ibex cai 1,99% para 110.565,10 pontos
CAC 40 perde -1,55% para 4.733,82 pontos
Dax em queda de 1,42% para 110.901,51
"Yield" 10 anos de Portugal sobe 11,5 pontos base para 3,057%

Euro cai 0,4% para 1,1069 dólares

9h25 - Valdis Dombrovskis, comissário europeu para o euro, vai realizar uma conferência de imprensa às 11 horas de Lisboa (12 em Bruxelas) para falar da situação grega, anunciou o próprio no Twitter.


9h20 - 
Os juros da dívida pública da Grécia estão a disparar no mercado secundário. A dez anos, as "yields" avançam 262,4 pontos base para os 17,254%.


9h10 - 
A China considerou "muito crítica" a questão da dívida grega, mas manifestou-se confiante de que "a União Europeia pode resolver adequadamente os problemas da dívida e ultrapassar as actuais dificuldades". "Esperamos que a Grécia e os credores internacionais alcancem um acordo e que as negociações resultem", disse uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying, citado pela Lusa. A mesma fonte disse que a China deseja que a Grécia "continue na zona euro".

8h31 -
Alexis Tsipras deixou uma mensagem ao povo grego através da sua conta de Twitter. "A democracia está do nosso lado. Estou confiante que vamos ser sucedidos", declarou.


8h24 -
O anúncio do sucessor de Yanis Varoufakis deverá ser feito depois da reunião dos líderes dos principais partidos gregos com o Presidente, que vai começar dentro em breve. O porta-voz do Governo grego, citado pelo Guardian, elogiou o papel de Varoufakis que "desempenhou um papel importante nas negociações desde o primeiro dia". Acrescentou, por outro lado, que "o primeiro ministro sente a necessidade de lhe agradecer pelo seu esforço incessante na defesa das posições do governo e dos interesses do povo grego em circunstâncias muito difíceis". 

A declaração é concluída com o anúncio de que o substituto será conhecido depois da reunião entre os líderes políticos.

8h16
- O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, garantiu que nenhuma solução à crise grega pode ser encontrada sem diálogo "franco" entre Angela Merkel e François Hollande. "Uma conversa profunda e franca", disse à Europe 1, citado pelo Le Figaro. Estes líderes vão, aliás, encontrar-se esta segunda-feira, 6 de Julho. "É à Grécia que cabe mostrar que leva o diálogo a sério e que quer manter-se no euro". O referendo, acrescentou, mostra uma atitude, mas "é ao Governo grego que cabe, agora, fazer as propostas".


8h00 - A bolsa de Lisboa abriu a cair 2,85%, quedas que se estendem à generalidade das praças europeias.

7h16 - Yanis Varoufakis demitiu-se. E aponta como explicação a necessidade de ajudar a Grécia. "Logo após o anúncio dos resultados do referendo, fiquei ciente de uma certa preferência de alguns participantes do Eurogrupo e de variados 'parceiros' pela minha...ausência nestes encontros". "Uma ideia que o primeiro-ministro considera potencialmente útil para chegar a um acordo. Por esta razão deixo hoje o Ministério das Finanças". Yanis Varoufakis já tinha dito que se demita se o "sim" ganhasse, mas acabou por sair mesmo na vitória do "não". O ministro, que andava de mota, desdobrou-se nos últimos dias em entrevistas várias a explicar porque devia a Grécia votar "não" às propostas. E salientou que este "não" é um "sim" à Europa. Varoufakis esteve cinco anos no ministério, os mesmos que leva o governo de Alexis Tsipras.

O dia de rescaldo ao referendo da Grécia começou, assim, marcado pelo anúncio da demissão de Yanis Varoufakis. "Minister No More!" [Já não sou ministro] é o título do texto no seu blog que dá conta da saída. Vai ser um dia longo. Uma série de reuniões estão já marcadas. 

A Comissão Europeia frisou, ao longo da última semana, que era a vez do povo grego falar, e que iria aguardar o resultado de referendo para voltar ao assunto. Os gregos falaram. E disseram "não" às propostas das instituições.


UM RESUMO DO DIA DO REFERENDO

Reuniões que foram marcadas


Esta segunda-feira, dia 6 de Julho, de manhã decorre um encontro em "conference call" dos presidentes da UE. Estarão ao telefone o presidente do Eurogrupo, do Conselho Europeu e do BCE. Também de manhã os líderes políticos da Grécia vão reunir-se com o presidente do país, Prokopis Pavlopoulos, às 10:00 (08:00 em Lisboa). A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, François Hollande, reúnem-se num jantar de trabalho. Objectivo: analisar as "consequências do referendo" na Grécia.

Também esta segunda-feira o Conselho de Governadores do BCE tem marcada uma reunião para analisar os resultados do referendo. A abertura dos bancos gregos está prevista para esta terça-feira mas dificilmente ocorrerá, pois de acordo com a Reuters a autoridade monetária vai recusar aumentar o valor da linha de emergência, tal como solicitaram as autoridades gregas.

Na terça-feira dia 7 de Julho pelas 17:00 de Lisboa (18:00 em Bruxelas) realiza-se um Cimeira extraordinária dos líderes da Zona Euro convocada pelo presidente do Conselho Europeu Donald Tusk. No mesmo dia vai decorrer uma reunião de ministros das Finanças da Zona Euro.


Os resultados do referendo

O resultado final foi de 61,31% para o "não" e 38,69% para o "sim", avança o Ministério grego do Interior na sua página oficial. De um total de 9.858.508 de eleitores gregos registados em todo o país, votaram 62,50%, sendo que 5,80% foram contabilizados nos votos em branco e inválidos. Pelo não votaram 3.558.450 gregos, enquanto o sim às medidas dos credores teve o apoio de 2.245.537 votantes.


O que dizem os analistas

O "não" ganhou o referendo na Grécia com mais de 61%, sendo que agora desenham-se os cenários. A resposta do BCE aos resultados é, quase unanimemente, mais importante. Os mercados irão prestar atenção a isso mesmo, mas nada deverá evitar o impacto negativo no início da semana.

O que dizem os gregos

Oito horas antes do encerramento das urnas, uma apoiante do "sim" antecipava os resultados e explicava porquê: a campanha do 'sim' foi racional e os gregos são emotivos. Clara vitória do 'não' encheu a praça Syntagma de pessoas que acreditam que as coisas não podem piorar. "Agora é a vossa vez", dizem. Veja a reportagem da enviada do Negócios a Atenas

O que disse Tsipras

O primeiro-ministro grego não escondeu a sua satisfação perante um resultado que no seu entender representa uma "vitória da democracia. Alexis Tsipras garante que o povo grego mostrou que a democracia não pode ser chantageada e anunciou que a prioridade passa por "retomar as conversações" com o primeiro objectivo de restaurar o sistema financeiro helénico.

O que disse Varoufakis

Yanis Varoufakis considera que "este não é uma vitória da Europa" e garante que "amanhã a Grécia começará a curar as suas feridas". Varoufakis aponta o dedo aos líderes europeus ao dizer que "este não ignora o medo que os europeus instalaram".  


O que disseram os europeus

O presidente do Parlamento Europeu notou que a Grécia poderá vir a beneficiar de "um programa de ajuda humanitária". O alemão Martin Schulz avisou o governo grego de que Atenas terá de apresentar "propostas válidas e construtivas" para superar o impasse em que as negociações permanecem pelo menos desde 26 de Junho.

"Lamento muito" o resultado do referendo grego, disse o presidente do Eurogrupo em reacção à vitória do "não" no referendo. Apesar do desfecho da consulta popular, Dijsselbloem garante que para a recuperação da economia grega, "medidas e reformas difíceis são inevitáveis".

 

O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, afirmou  que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, "cortou as últimas pontes" com a Europa e que lhe é "difícil imaginar" novas negociações com Atenas depois do referendo.


O que dizem os políticos portugueses

O vice-presidente do PSD, Marco António Costa, fez uma declaração curta, em que sublinhou a necessidade de um diálogo realista na Europa, entre a Grécia e os credores. 

 

Pela voz de Porfírio Silva, os socialistas vincaram que é preciso recuperar o "interesse nacional" na procura de uma solução europeia. E pediu ao Governo uma "correcção de rumo".

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