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Mais de metade das empresas e um terço dos trabalhadores em França estão em lay-off
São já 732 mil empresas e 8,7 milhões de trabalhadores em França que se encontram em lay-off. Custo para o Estado ascende a 24 mil milhões de euros.
O impacto da pandemia da covid-19 na economia francesa continua a aumentar. O número de empresas que recorreram ao lay-off atingiu 732 mil, o que representa mais de metade das empresas do país, e são 8,7 milhões os trabalhadores abrangidos, mais de um terço do total.
Os números foram revelados esta quarta-feira pela ministra do Trabalho, Muriel Pénicaud, numa entrevista na Radio Classique.
"Temos 8,7 milhões de trabalhadores em que o salário é pago pelo Estado. Isso é inédito. O papel de proteção do Estado está a funcionar em pleno. É um investimento elevado mas necessário", afirmou a ministra.
"Isto representa mais de um trabalhador em cada três e mais de uma empresa em cada duas", sublinhou, precisando que são "732 mil as empresas que recorreram a este instrumento desde o início da crise devido ao novo coronavírus".
Muriel Pénicaud confirmou que o custo estimado ascende a 24 mil milhões de euros, como havia avançado o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.
"É um investimento. Sim, vai aumentar a dívida, sim, vai ser difícil. Mas é o preço para salvar empregos e que irá permitir que o tecido empresarial de pequenas e médias empresas continue a existir", frisou a governante.
A 7 de abril, Pénicaud tinha revelado que eram 544 mil empresas e cerca de seis milhões de trabalhadores que se encontravam em lay-off. Isto significa que no espaço de pouco mais de uma semana mais 188 mil empresas e 2,7 milhões de trabalhadores recorreram a este mecanismo.