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Confinamento em França implica perda de 120 mil milhões. Metade dos trabalhadores em lay-off

As oito semanas de confinamento em França devido à pandemia vão resultar na perda de 120 mil milhões de euros. Neste momento quase metade dos trabalhadores do setor privado estão em lay-off.

Bloomberg
20 de Abril de 2020 às 13:38
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As oito semanas de confinamento – entre 17 de março e 10 de maio - em França devido à pandemia vão resultar na perda de 120 mil milhões de euros, indica um relatório do Observatório Francês para as Condições Económicas (OFCE) divulgado esta segunda-feira.

"Durante o período de confinamento, o produto interno bruto (PIB) reduz-se em 32%", refere o documento, que nota que este número representa a perda de cinco pontos percentuais no PIB deste ano.

O relatório assinala que 60% da quebra no rendimento nacional é absorvido pela administração pública, mas 35% é suportado pelas empresas, o que aumenta o risco de uma espiral recessiva com falências e quebra do emprego. Essa situação levaria a uma redução no rendimento das famílias e consequente quebra na atividade económica, adverte.

O OFCE refere ainda que as oito semanas de confinamento levarão a "poupanças forçadas" das famílias na ordem dos 55 mil milhões de euros e que o impacto no défice público será de 65 mil milhões de euros, o que corresponde a 2,8 pontos do PIB.

Metade dos trabalhadores em lay-off
Também esta segunda-feira, a ministra do Trabalho francesa, Muriel Pénicaud, revelou que quase metade dos trabalhadores do setor privado encontram-se em lay-off.

"Até esta manhã, 9,6 milhões dos trabalhadores encontram-se em lay-off", indicou Pénicaud em entrevista à RTL. A ministra referiu ainda que são quase 785 mil as empresas que aderiram ao lay-off parcial ou integral.

"É uma situação extraordinária, nunca vivida em França, em que quase um em cada dois trabalhadores do setor privado do país está em lay-off", frisou.

"Podemos estar orgulhosos de ter protegido os franceses de uma catástrofe social", disse, comparando com a situação dos Estados Unidos, em que "22 milhões de pessoas perderam o emprego" desde o início da pandemia.

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