Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Juncker: "Grexit deve ser evitado"

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, expressou no Parlamento Europeu a vontade de chegar a acordo com a Grécia. Garante trabalhar para isso e querer a Grécia na Zona Euro, falando dos países que aberta ou de forma menos aberta querem ver o país sem a moeda única. Juncker disse ainda estar a trocar mensagens com Tsipras.

Reuters
07 de Julho de 2015 às 09:49
  • ...

A Comissão Europeia não está num salão dourado. Está verdadeiramente preocupada com o povo grego, mas também com outros europeus que também lutam contra o desemprego, por melhores condições de vida, por melhores salários. E por isso pediu aos deputados europeus, a quem se dirigiu esta manhã, 7 de Julho, que não entrem pelo caminho da demagogia e populismo. E reclamou por quem o acusou de estar sempre a olhar para o telemóvel. Estava a trocar mensagens com Alexis Tsipras, disse.

"Estamos aqui para servir a Grécia e a Europa", salientou Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, no Parlamento Europeu, onde foi fazer o balanço da presidência europeia da Letónia. "Sou contra a saída da Grécia do Euro (Grexit)".


Jean-Claude Juncker garantiu continuar em contacto com Tsipras e estar verdadeiramente empenhado no acordo com a Grécia. "A União Europeia está preparada para fazer o que for necessário para alcançar um acordo com a Grécia", declarou, mas agora "a bola está no lado do governo grego".


Tal como o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou esta manhã, também Jean-Claude Juncker reafirmou que o Grexit deve ser evitado. "Há na União Europeia quem, abertamente ou discretamente, faz campanha pela saída da Grécia da Zona Euro. Mas a vida ensinou-me que as respostas simplistas são as soluções erradas". Mas Juncker quer a todo o custo evitar essa saída.

Já esta manhã, o primeiro-ministro francês foi no mesmo sentido, dizendo não haver tabus para se discutir, até, a questão da reestruturação da dívida grega, um sinal de abertura por parte dos parceiros europeus, num dia em que vários órgãos de comunicação social europeus estão a citar o jornal grego Kathimerini, que, citando fontes de Bruxelas, escreve que 16 dos 18 países da Zona Euro são a favor da saída da Grécia da Zona Euro.

Juncker, por seu lado, garante que tudo fará para conseguir um acordo com a Grécia."A Comissão Europeia procurará assegurar que as negociações são retomadas. O que seria de uma União Europeia se as pessoas parassem de falar umas com as outras?"

O presidente da Comissão Europeia voltará a falar com Alexis Tsipras para discutir os resultados do referendo, até porque, disse Juncker, os gregos votaram sobre um texto que já não está em cima da mesa. "Respeitarei o voto do povo grego".

Aliás, no final da sua intervenção no Parlamento Europeu foi com visível irritação que respondeu a um deputado que o acusou de estar sempre a olhar para o telemóvel. "Páre com essa conversa de eu estar sempre a ver o telemóvel. Estou a trocar mensagens com o primeiro-ministro grego". E continuou: "Não sei se tem a possibilidade de fazer o mesmo, mas eu tenho de o fazer agora. Estou a fazer o meu trabalho, por isso, páre com essa brincadeira estúpida, porque não há caso aqui".

Para Juncker é inaceitável que tenham apelidado os parceiros europeus de terroristas. Juncker reagia assim às declarações de Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças gregos, que no fim-de-semana, em entrevista ao El Mundo, não foi de meias palavras ao clamar ser terrorismo o que estavam a fazer com a Grécia.


Jean-Claude Juncker não gostou das declarações de Varoufakis que já não será o interlocutor pela Grécia. Ontem foi nomeado novo ministro das Finanças, tendo a escolha recaído em Euclid Tsakalotos.

(Notícia actualizada às 11h36 com mais declarações de Juncker)
Ver comentários
Saber mais juncker grécia referendo parlamento
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio