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Juncker: "Grexit deve ser evitado"
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, expressou no Parlamento Europeu a vontade de chegar a acordo com a Grécia. Garante trabalhar para isso e querer a Grécia na Zona Euro, falando dos países que aberta ou de forma menos aberta querem ver o país sem a moeda única. Juncker disse ainda estar a trocar mensagens com Tsipras.
A Comissão Europeia não está num salão dourado. Está verdadeiramente preocupada com o povo grego, mas também com outros europeus que também lutam contra o desemprego, por melhores condições de vida, por melhores salários. E por isso pediu aos deputados europeus, a quem se dirigiu esta manhã, 7 de Julho, que não entrem pelo caminho da demagogia e populismo. E reclamou por quem o acusou de estar sempre a olhar para o telemóvel. Estava a trocar mensagens com Alexis Tsipras, disse.
"Estamos aqui para servir a Grécia e a Europa", salientou Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, no Parlamento Europeu, onde foi fazer o balanço da presidência europeia da Letónia. "Sou contra a saída da Grécia do Euro (Grexit)".
Jean-Claude Juncker garantiu continuar em contacto com Tsipras e estar verdadeiramente empenhado no acordo com a Grécia. "A União Europeia está preparada para fazer o que for necessário para alcançar um acordo com a Grécia", declarou, mas agora "a bola está no lado do governo grego".
Tal como o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou esta manhã, também Jean-Claude Juncker reafirmou que o Grexit deve ser evitado. "Há na União Europeia quem, abertamente ou discretamente, faz campanha pela saída da Grécia da Zona Euro. Mas a vida ensinou-me que as respostas simplistas são as soluções erradas". Mas Juncker quer a todo o custo evitar essa saída.
Já esta manhã, o primeiro-ministro francês foi no mesmo sentido, dizendo não haver tabus para se discutir, até, a questão da reestruturação da dívida grega, um sinal de abertura por parte dos parceiros europeus, num dia em que vários órgãos de comunicação social europeus estão a citar o jornal grego Kathimerini, que, citando fontes de Bruxelas, escreve que 16 dos 18 países da Zona Euro são a favor da saída da Grécia da Zona Euro.
Juncker, por seu lado, garante que tudo fará para conseguir um acordo com a Grécia."A Comissão Europeia procurará assegurar que as negociações são retomadas. O que seria de uma União Europeia se as pessoas parassem de falar umas com as outras?"
Aliás, no final da sua intervenção no Parlamento Europeu foi com visível irritação que respondeu a um deputado que o acusou de estar sempre a olhar para o telemóvel. "Páre com essa conversa de eu estar sempre a ver o telemóvel. Estou a trocar mensagens com o primeiro-ministro grego". E continuou: "Não sei se tem a possibilidade de fazer o mesmo, mas eu tenho de o fazer agora. Estou a fazer o meu trabalho, por isso, páre com essa brincadeira estúpida, porque não há caso aqui".
Para Juncker é inaceitável que tenham apelidado os parceiros europeus de terroristas. Juncker reagia assim às declarações de Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças gregos, que no fim-de-semana, em entrevista ao El Mundo, não foi de meias palavras ao clamar ser terrorismo o que estavam a fazer com a Grécia.
Jean-Claude Juncker não gostou das declarações de Varoufakis que já não será o interlocutor pela Grécia. Ontem foi nomeado novo ministro das Finanças, tendo a escolha recaído em Euclid Tsakalotos.