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Euro cai e volta a negociar abaixo de 1,10 dólares
Pressionado pelo impasse entre a Grécia e os credores, o euro volta a negociar esta terça-feira, 7 de Julho, abaixo de 1,10 dólares. Hoje, os ministros das Finanças e os líderes da Zona Euro reúnem-se com o objectivo de encontrar um acordo que permita resolver a situação helénica.
O euro está a cair 0,78% para os 1,0970 dólares, ainda pressionado pelo impasse entre Grécia e credores, que voltam hoje à mesa das negociações.
"Sou a favor de se manter junta a Zona Euro. Os que a querem separar estão errados", disse o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, esta manhã, horas antes da reunião do Eurogrupo, que se realiza às 13h00 locais (12h00 em Lisboa), e da Cimeira Europeia desta tarde, a ter lugar as 17h00 (16h00 de Lisboa).
O sentimento é partilhado pelo primeiro-ministro francês Manuel Valls. "Não podemos correr o risco da Grécia sair da Zona Euro", disse à rádio francesa RTL.
O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, garantiu no Parlamento Europeu que "a União Europeia está preparada para fazer o que for necessário para alcançar um acordo com a Grécia".
Já Hollande e Merkel concertaram posições e exigem a Atenas propostas "sérias" após o ‘não’ dos gregos no referendo de domingo.
Por seu turno, as autoridades helénicas também deram sinais de abertura para as negociações após a substituição do ministro das Finanças Yanis Varoufakis por Euclid Tsakalotos.
Enquanto se prepara o palco negocial, a Grécia mantém o controlo de capitais, que permite aos gregos levantar somente 60 euros por dia. Esta segunda-feira, 6 de Julho, Alexis Tsipras solicitou ao presidente do BCE que a autoridade monetária eleve a liquidez disponibilizada para o sistema financeiro grego. No entanto, o BCE emitiu um comunicado informando que decidiu manter o tecto máximo da linha de liquidez de emergência para os bancos gregos em 89 mil milhões de euros.
"Ainda há obviamente muito risco por aí" disse à Bloomberg Stan Shamu da IG ltd, "mas se olharmos para o euro, o sentimento é de que existe uma maior estabilidade do que se esperava", disse.