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Hoyer: “Não consigo imaginar Itália a desviar-se do seu curso europeu”

O presidente do Banco Europeu de Investimento sublinha que não haveria melhor forma de prejudicar a população do que a Itália desviar-se do rumo da Europa.

26 de Novembro de 2018 às 18:12
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"É preciso que sejam tomadas decisões políticas", diz Werner Hoyer, presidente do Banco Europeu de Investimento, sobre o Orçamento italiano. "Os italianos sempre foram dos membros mais fiéis da União Europeia e tenho a certeza de que este voltará a ser o caso", frisou o responsável, num seminário sobre as instituições europeias, esta segunda-feira, em Bruxelas.

"Não consigo imaginar a Itália a desviar-se do seu curso europeu. Não há forma de prejudicar mais as pessoas do que fazendo isso", sublinhou.

Para Werner Hoyer, mesmo que Itália acabe por ser sujeita à abertura de um procedimento por défice excessivo isso não implica perder, necessariamente, o acesso a financiamento do BEI. Até porque a situação das finanças públicas italianas é um indicador, por si só, de que o país precisa de renovação e investimento. "Tem de ser avaliado cuidadosamente", notou.

"Se queremos soluções, não vamos atirar gasolina para a fogueira"

No mesmo evento, umas horas antes, Pierre Gramegna, ministro das Finanças do Luxemburgo, evitou comentar em detalhe o caso italiano, mas aproveitou para defender que "há regras" e que "as regras, todas, têm de se aplicadas a todos".

E somou que acredita na diplomacia e no diálogo. "No final, as soluções podem ser encontradas. Se queremos encontrar soluções, não vamos atirar gasolina para a fogueira. As regras estão lá para serem aplicadas, houve países que no passado furaram as regras, há procedimentos para isso e é a forma como deve ser tratado", defendeu.

Em causa está o facto de Itália ter sido convidada pela Comissão Europeia, e pelo Eurogrupo, que acompanhou as conclusões de Bruxelas, a corrigir os seus planos orçamentais para 2019. O Executivo italiano apresentou um plano de orçamento do Estado que não cumpre as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento e que está a ser considerado arriscado, nomeadamente pelo elevado nível de dívida pública do país.

Num primeiro momento o Executivo italiano não deu quaisquer sinais de abertura para corrigir os seus planos, tendo Mário Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo, viajado até Roma para fazer valer os argumentos europeus. Contudo, esta segunda-feira o Governo italiano deu sinais de cedência, admitindo que a meta do défice do próximo ano poderá vir a ser corrigida.

No Luxemburgo, a convite do Banco Europeu de Investimento
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