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Fecho dos mercados: Itália dita a maior subida das bolsas europeias em Novembro. Petróleo dispara mais de 2%

As bolsas europeias subiram mais de 1%, naquela que foi a melhor sessão este mês. Os juros também desceram, a reflectir a abertura de Itália para rever as metas do défice. Já o petróleo está a subir mais de 2%, a aliviar das quedas recentes.

Reuters
26 de Novembro de 2018 às 17:17
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,25% para 4.860,79 pontos

Stoxx 600 avançou 1,23% para 358,33 pontos

S&P 500 valoriza 1,02% para 2.659,32 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 5,6 pontos base para 1,886%

Euro recua 0,02% para 1,1336 dólares

Petróleo sobe 2,84% para 60,47 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias registam a maior subida em Novembro

As bolsas europeias fecharam a sessão em alta e as subidas foram acentuadas, a beneficiar de um alívio de pressão sobre Itália – depois do Governo admitir rever a meta do défice – e dos progressos em torno do Brexit.

 

A abertura das bolsas dos EUA também ajudou aos ganhos, com os índices a subirem igualmente cerca de 1%, animados pela subida dos preços do petróleo e pelas expectativas em torno das vendas das retalhistas nesta Cyber Monday.  

 

O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou a subir 1,23%, naquela que foi a melhor sessão de Novembro.

 

Na praça nacional, o PSI-20 seguiu os mesmos passos e fechou a ganhar mais de 1%, completando também o melhor dia de negociação desde 16 de Agosto. Ainda assim, no acumulado do mês o saldo continua a ser bastante negativo, com a queda a superar os 3%.

 

Juros afundam em Itália e aliviam no resto da Europa

As taxas de juro caíram na generalidade dos países europeus, a beneficiarem do alívio dos receios, especialmente em torno de Itália. E é precisamente este o país onde os juros mais descem, tendo sido também o mais penalizado nos últimos tempos pelo braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas em torno das metas do orçamento.

 

A taxa de juro implícita na dívida italiana a 10 anos está a descer mais de 15 pontos base para 3,256%. Esta descida, que está a ser partilhada pela generalidade dos prazos, é justificada pelas declarações do vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, que se demonstrou disponível a rever o valor do défice do próximo ano. Esta segunda-feira deverá ser marcada por uma reunião entre Salvini, Luigi Di Maio (vice-primeiro-ministro), Giuseppe Conte (primeiro-ministro) e Giovanni Tria (ministro das Finanças). Esta posição surge como uma cedência por parte de Roma às exigências de Bruxelas, o que atenua os receios em torno desta questão.

 

E este contexto está a ser benéfico para a generalidade dos países. A dívida de Portugal está a ceder 5,6 pontos base para 1,886%, completando a quinta sessão consecutiva de descida da "yield".

Em sentido contrário seguem as bunds, cuja "yield" a 10 anos está a subir 2,1 pontos para 0,361%.

 

Taxas Euribor sobem nos prazos a seis e 12 meses

As taxas Euribor mantiveram-se estáveis nos prazos a três e nove meses, fixando-se nos -0,316% e nos -0,196%, respectivamente. Há 13 dias que estas duas taxas estão fixadas nestes valores.

 

No prazo a seis meses a taxa subiu para -0,256%, o que corresponde ao valor mais alto desde Maio. Esta é a taxa mais usada em Portugal como indexante no crédito à habitação. A Euribor a 12 meses aumentou para -0,146%, o que representa um máximo de seis meses.

 

Dólar sobe à espera da Fed

O euro ainda subiu de manhã, a reflectir a posição de maior abertura de Itália em relação às suas metas orçamentais, mas ao final da tarde a tendência foi invertida e regressou às quedas, ainda que ligeiras. Isto numa altura em que os investidores esperam que sejam deixadas pistas sobre a evolução da política monetária nos Estados Unidos, sendo que para esta semana está agendado um discurso do líder da Fed e a divulgação das minutas da última reunião do banco central. O euro está a perder 0,02% contra o dólar.

 

Petróleo recupera das fortes quedas

Depois de uma semana "negra" o petróleo regressou aos ganhos, recuperando parte das quedas acumuladas na semana passada, que reflectiram os receios em torno do excesso de oferta no mercado. A Arábia Saudita está a colocar no mercado um nível recorde de 11,2 milhões de barris por dia, de acordo com a Bloomberg.  

Apesar deste contexto, o Goldman Sachs avançou com uma recomendação de investimento em matérias-primas em 2019, sendo que o petróleo é uma delas.

 

O barril do Brent, que negociou em mínimos de mais de um ano na sexta-feira, segue a ganhar 2,84% para 60,47 dólares.

 

Ouro desce com subida do dólar

A valorização do dólar está, mais uma vez, a penalizar o ouro, que costuma oscilar em sentido contrário. O metal precioso está a descer 0,06% para 1.222,29 dólares por onça.

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