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A semana em oito gráficos: Itália, Brexit e tensões comerciais dão a mão ao petróleo num quarteto de pressão nos mercados
As bolsas de todo o mundo registaram uma queda no acumulado da semana, com os receios em torno da estabilidade financeira de Itália, do acordo do Brexit e das tensões comerciais EUA-China a pressionarem a tendência. A forte queda do petróleo contribuiu para piorar o desempenho dos mercados, numa semana mais curta nos EUA.
Queda generalizada nas bolsas mundiais
PSI-20 cai mais de 2% entre segunda e sexta-feira
Papeleiras lideram descidas na praça lisboeta
Indivior com pior desempenho no Stoxx600
L Brands perde com corte de dividendos
Dólar sobe face às principais congéneres
Brent abaixo dos 60 dólares pela primeira vez desde Outubro de 2017
Juros europeus aliviam, com Itália à cabeça
A praça lisboeta e os restantes mercados accionistas europeus - bem como na generalidade das bolsas asiáticas e norte-americanas - desvalorizaram no acumulado das últimas cinco sessões.
A motivar a prudência dos investidores esteve, nomeadamente, o contexto político no Reino Unido, numa altura em que se debate o acordo para o Brexit alcançado entre Londres e Bruxelas e que é alvo de Conselho Europeu extraordinário este domingo, 25 de Novembro.
Também Itália esteve em foco, numa altura em que se espera a alteração da proposta de Orçamento entregue por aquele país a Bruxelas. A economia transalpina continua debaixo de holofotes e ontem foi o Banco de Itália a advertir que o risco de novas subidas dos juros das obrigações soberanas, e consequente agravar do custo de financiamento da dívida, poderá ter consequências negativas para a estabilidade financeira do país.
O contexto de tensões comerciais entre Washington e Pequim esteve igualmente a deixar os investidores mais prudentes, numa altura em que se especula se os EUA e a China conseguirão chegar a um acordo na reunião de dois dias do G20 na próxima semana (que decorre na sexta-feira 30 de Novembro e no sábado 1 de Dezembro) na Argentina.
A queda dos preços do petróleo também esteve em destaque, tendo levado as cotadas do sector da energia a perderem bastante terreno. A cotação do barril está em mínimos de Outubro do ano passado, tanto em Londres como nos EUA, e esta foi a sétima semana consecutiva de perdas – muito à conta dos receios de uma oferta excessiva no mercado, num contexto de desaceleração do crescimento económico global, o que costuma reduzir a procura de combustíveis.