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Eurogrupo pode adiar novo cheque para a Grécia

A nova fatia do empréstimo europeu deverá ser destinada ao pagamento de dívidas que o Estado grego acumula dentro e fora de portas. Mas não é certo que seja possível passar um novo cheque.

Reuters
Negócios 10 de Outubro de 2016 às 16:27
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Os ministros das Finanças dos países do euro (Eurogrupo) preparam-se para discutir esta tarde a possibilidade de passar um novo cheque à Grécia, havendo ainda dúvidas sobre se será possível concluir que o essencial dos pré-requisitos previstos no terceiro programa de ajustamento foi finalmente cumprido.


Em causa está o desembolso de 2,8 mil milhões de euros que deveriam ser destinados ao pagamento de dívidas que o Estado grego acumula dentro e fora de portas. Mas fontes europeias citadas pela Bloomberg referem que a transferência poderá ser congelada ou apenas parcialmente realizada, porque não é claro que o Estado grego tenha usado o último cheque europeu – de 1,7 mil milhões de euros – para pagar dívidas a fornecedores, como previsto.


À chegada ao encontro, que decorre nesta segunda-feira, 10 de Outubro, no Luxemburgo, o presidente do Eurogrupo não abriu muito o jogo. "Tudo depende de a Grécia ter cumprido todos os seus compromissos", afirmou Jeroen Dijsselbloem (na foto), referindo-se aos 15 pré-requisitos que constam do memorando assinado pelo governo grego no Verão do ano passado a troco de um terceiro empréstimo europeu, que pode ascender a 86 mil milhões de euros.

Já o comissário europeu dos Assuntos Económicos deixou uma nota positiva. "Precisamos que a Grécia seja uma história de sucesso. (…) A Grécia perdeu muito tempo em termos de reformas, mas o ímpeto está de regresso", afirmou Pierre Moscovici, ao sublinhar a melhoria das perspectivas de crescimento do país.

A economia grega voltou a mergulhar em recessão no terceiro trimestre do ano passado, no rescaldo de um braço-de-ferro entre o governo de Alexis Tsipras e a troika que culminou no fecho dos bancos, mas as previsões da Comissão Europeia apontam para uma taxa de crescimento próxima de 3% em 2017.

Correcção: reunião decorre no Luxemburgo e não em Bruxelas, como era referido no texto original.

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