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Eurogrupo: Grécia vai receber mais dinheiro, mas não todo
A libertação da totalidade da segunda fatia do empréstimo ficou condicionada à apresentação de dados mais completos sobre a evolução do pagamento de dívidas do Estado grego, designadamente a fornecedores.
Os ministros das Finanças dos países do euro (Eurogrupo) deram nesta segunda-feira, 10 de Outubro, luz verde ao desembolso de mais 1,1 mil milhões de euros para a Grécia, após terem concluído que o governo de Atenas deu seguimento aos 15 pré-requisitos que constavam do memorando de entendimento que enquadrou, no Verão de 2015, o compromisso europeu de emprestar ao país mais 86 mil milhões de euros durante três anos.
Entre as medidas adoptadas estão a reforma do sistema pensionista e do sector energético, uma nova lei para garantir a independência da Autoridade Tributária e novas privatizações.
Reunidos no Luxemburgo, os ministros europeus optaram, porém, por reter 1,7 mil milhões de euros. A libertação deste montante ficou condicionada à apresentação de dados mais completos sobre a evolução do pagamento de dívidas do Estado grego, designadamente a fornecedores. A expectativa do Eurogrupo é que Atenas possa apresentar este balanço ainda neste mês.
Neste fase do terceiro resgate à Grécia, em causa estava o desembolso de um total de 2,8 mil milhões de euros que deverão ser destinados ao pagamento de dívidas que o Estado grego acumula dentro e fora de portas. Já antes do encontro, fontes europeias citadas pela Bloomberg referiam que a transferência poderia ser congelada ou apenas parcialmente realizada, porque não é claro que o Estado grego tenha usado o último cheque europeu – de 1,7 mil milhões de euros – para pagar dívidas, como o previsto.