Notícia
Centeno pede "plano de recuperação amplo e coordenado"
Além de prometer o "pacote mais amplo e ambicioso" alguma vez aprovado pelo Eurogrupo, o português pede aos restantes ministros das Finanças da Zona Euro que cooperem com vista a um plano de recuperação económica "amplo e coordenado".
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Antes do início da reunião por videoconferência do Eurogrupo prevista para as 14:00 desta terça-feira, mas que começou com uma hora de atraso devido à necessidade de ultimar o trabalho preparativo para a discussão, Mário Centeno gravou um vídeo em que pede aos congéneres da Zona Euro que se empenhem no desenho de uma plano de "recuperação [económica[ amplo e coordenado".
O líder do Eurogrupo voltou assim a sinalizar a necessidade de os países da União Europeia se entenderem acerca de um programa capaz de promover a recuperação económica uma vez superada a crise sanitária ainda em curso.
Esta espécie de Plano Marshall foi já defendida por diversos líderes e dirigentes europeus, sendo que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem vindo a defender que a recuperação deve ser integrada no âmbito do próximo orçamento de longo prazo da UE, processo bloqueado há largos meses. Von der Leyen já se comprometeu a avançar uma nova proposta para o Quadro Financeira Plurianual para o período entre 2021 e 2027.
"Precisamos de um plano europeu para ajudar a proteger os mais afetados e assegurar que o mercado único sai ileso desta crise", declarou o governante português.
Em causa está um pacote global de 500 mil milhões de euros para apoiar países, trabalhadores e empresas. Até 240 mil milhões poderão ser assegurados através do recurso a empréstimos providenciados pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), 100 mil milhões dizem respeito a empréstimos assegurados pelo recém-proposto programa SURE para financiar o pagamento de salários e, por fim, 200 mil milhões relativos a linhas de crédito concedidas a PME pelo Banco Europeu de Investimento (BEI).
Mário Centeno considera que estas "redes de segurança" não podem ser discutidas sem ter em conta a recuperação económica que acabará por "moldar" a Europa que sair da crise.
"Sabemos que não é tempo das políticas do costume, temos de mostrar aos nossos cidadãos que a Europa nos protege", concluiu Centeno num claro apelo para que os Estados-membros adotem medidas arrojadas.
Apesar de muito discutida nas últimas semanas, a emissão de dívida europeia conjunta (eurobonds), defendida por vários países, entre os quais Portugal, Espanha, Itália e França, não deverá conhecer avanços na reunião desta terça-feira. Holanda e Alemanha continuam a afastar uma possibilidade que também ficou pelo caminho aquando da crise das dívidas soberanas.
Perante o bloqueio imposto por Haia e Berlim, Centeno concedeu, no fim de semana, uma entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung em que defendeu que, nesta fase, a Europa deve concentrar-se nas medidas em que existe maior grau de consenso.
O líder do Eurogrupo voltou assim a sinalizar a necessidade de os países da União Europeia se entenderem acerca de um programa capaz de promover a recuperação económica uma vez superada a crise sanitária ainda em curso.
"Precisamos de um plano europeu para ajudar a proteger os mais afetados e assegurar que o mercado único sai ileso desta crise", declarou o governante português.
Sobre o encontro que decorre nesta altura, o também ministro português das Finanças frisou que o Eurogrupo de hoje vai preparar o "pacote mais amplo e ambiciosa" já desenhado por esta instituição, o qual assenta em três pilares já amplamente noticiados pela comunicação social.This is no time for business-as-usual politics. We must show our citizens that Europe protects them. We must stand tall. https://t.co/RjVKBMwTBy
— Mário Centeno (@mariofcenteno) April 7, 2020
Em causa está um pacote global de 500 mil milhões de euros para apoiar países, trabalhadores e empresas. Até 240 mil milhões poderão ser assegurados através do recurso a empréstimos providenciados pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), 100 mil milhões dizem respeito a empréstimos assegurados pelo recém-proposto programa SURE para financiar o pagamento de salários e, por fim, 200 mil milhões relativos a linhas de crédito concedidas a PME pelo Banco Europeu de Investimento (BEI).
Mário Centeno considera que estas "redes de segurança" não podem ser discutidas sem ter em conta a recuperação económica que acabará por "moldar" a Europa que sair da crise.
"Sabemos que não é tempo das políticas do costume, temos de mostrar aos nossos cidadãos que a Europa nos protege", concluiu Centeno num claro apelo para que os Estados-membros adotem medidas arrojadas.
Apesar de muito discutida nas últimas semanas, a emissão de dívida europeia conjunta (eurobonds), defendida por vários países, entre os quais Portugal, Espanha, Itália e França, não deverá conhecer avanços na reunião desta terça-feira. Holanda e Alemanha continuam a afastar uma possibilidade que também ficou pelo caminho aquando da crise das dívidas soberanas.
Perante o bloqueio imposto por Haia e Berlim, Centeno concedeu, no fim de semana, uma entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung em que defendeu que, nesta fase, a Europa deve concentrar-se nas medidas em que existe maior grau de consenso.