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Bruno Le Maire é o novo ministro da Economia francês

Para responsável pelas contas públicas, foi escolhido Gerald Darmanin, de 34 anos, um conservador como Le Maire. O Governo, de que Édouard Phillipe é primeiro-ministro, conta com 16 ministros.

Reuters
17 de Maio de 2017 às 15:31
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O político e diplomata francês Bruno Le Maire (na foto), antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus e ministro da Agricultura de Nicolas Sarkozy, é o nome indicado para ministro da Economia no Executivo de Emmanuel Macron, liderado por Édouard Philippe.


Este é um dos 16 membros anunciados esta quarta-feira, 17 de Maio, pela presidência francesa para as pastas ministeriais e onde se conta também Gerald Darmanin, um conservador de 34 anos que vai assumir a pasta da Acção e das Contas Públicas.


Le Maire, descrito como conservador, é um pró-europeu e defensor do eixo franco-alemão na União Europeia (é fluente na língua germânica). Em 2014 disputou com o ex-presidente Sarkozy a liderança dos Republicanos e ficou em quinto lugar na disputa nas primárias da direita para as presidenciais, de onde sairia vencedor François Fillon. 

Depois de Fillon quebrar a promessa de se demitir caso fosse aberta investigação judicial ao caso do alegado favorecimento de familiares com verbas públicas por trabalho fictício, Le Maire abandonou a campanha, mas mais tarde anunciou que votaria Fillon na primeira volta das presidenciais.

Gerald Darmanin é formado pelo instituto de ciência política de Lille e é o actual autarca de Tourcoing e deputado desde 2012, tendo sido porta-voz de Sarkozy em 2014 na campanha para a presidência da Union pour un Mouvement Populaire (UMP). Fica com a pasta equivalente à do Orçamento, acumulando a Segurança Social, a Função Pública e a Reforma do Estado.

Descrito como um gaullista, afastou-se do candidato da direita às presidenciais deste ano, François Fillon, depois da vitória nas primárias e recusou apoiá-lo. Neto de malteses e argelinos, o site Capital diz que "nunca escondeu as suas origens modestas". "A minha mãe foi empregada de limpeza (...) o meu pai tinha um café. O meu segundo nome é Moussa," disse em 2012 ao Libération. 

Gérard Collomb, presidente da autarquia de Lyon, será o número dois do Governo, como ministro de Estado e do Interior, uma das pastas mais sensíveis dada a questão da segurança num país alvo de vários ataques terroristas nos últimos anos.

A Collomb juntam-se outros dois ministros de Estado: Nicolas Hulot, ministro da Transição Ecológica e Solidária, e François Bayrou, que foi o candidato do centro nas eleições presidenciais de 2002, 2007 e 2012 - passa a ser o titular da Justiça.

A Defesa fica entregue a uma mulher - Sylvie Goulard, uma das nove presenças femininas, onde se contam duas ministras-adjuntas – enquanto os Negócios Estrangeiros e a Europa cabem ao socialista Jean-Yves Le Drian.

Hulot terá uma ministra adjunta com a pasta dos transportes (Élisabeth Borne) e Le Drian também contará com uma ministra adjunta, Marielle de Sarnez, com os Assuntos Europeus.

A escolha para ministro da Coesão recai sobre Richard Ferrand. Próximo de Macron, foi o relator da lei para o crescimento, actividade e igualdade de oportunidades económicas que leva o nome do actual presidente quando era ministro da Economia, e chegou a ser equacionado para primeiro-ministro.

Os ministérios da Solidariedade e Saúde, da Cultura e do Trabalho são três pastas tuteladas por mulheres (Agnès Buzyn, Françoise Nyssen e Muriel Pénicaud).


A lista fica completa com as pastas da Educação (Jean-Michel Blanquer), Ensino Superior (Frédérique Vidal), Agricultura e Alimentação (Jacques Mézard), Ultramar (Annick Girardin) e desporto (Laura Flessel).

(Notícia actualizada às 16:27 com mais informação)

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