“Formámos vários comités de crise que têm estado, permanentemente, reunidos a analisar diferentes cenários”, disse Nondas Metaxas, citado pela agência Bloomberg, acrescentando que só terça-feira será possível saber que acções irão negociar. “Devemos retomar a negociação de algumas cotadas mas este cenário ainda não está 100% garantido”, acrescentou o presidente executivo do mercado cipriota.  

Nondas Metaxas recordou que a reabertura da bolsa cipriota estava, inicialmente, prevista para 28 de Março, dia em que os bancos retomaram as operações, mas devido às incertezas em torno do controlo de capitais o mercado decidiu permanecer encerrado.

No índice cipriota (Cyprus General Market – CYSMMAPA) – que já desvalorizou 11% desde o início do ano – os dois maiores bancos do país, Bank of Cyprus e Cyprus Popular Bank – têm um peso de 59%. Assim, o que acontecer às acções destes dois bancos terá um impacto muito forte no mercado bolsista, sublinha Nondas Metaxas.

“Ainda assim”, destaca o responsável pela bolsa cipriota, “nos últimos meses assistimos a uma queda na negociação de acções destes dois bancos e já preparamos um plano estratégico que prevê a diversificação e implementação de novos produtos. Esperamos que a diversificação dos nossos produtos, da nossa lista e dos nossos produtos nos permita sobreviver a esta situação”.

Para reduzir a dependência do mercado cipriota dos títulos financeiros, Metaxas avançou à Bloomberg que tem estado em negociações com a Hellenic Exchanges, operadora da bolsa de Atenas, no sentido de aumentar as “sinergias” entre os dois mercados. Nondas Metaxas não exclui a possibilidade de uma fusão entre as duas empresas.   

“Temos uma cooperação estratégica muito próxima com a Athens Stock Exchange. Temos discutido várias medidas que podem aumentar a negociação nos dois mercados. Há várias questões em cima da mesa mas estamos à espera que a situação fique mais calma. É muito cedo para dizer alguma coisa”, concluiu Nondas Metaxas.