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UE deve orientar-se pela "bússola da competitividade para ser um ator a nível mundial"

Sofia Moreira de Sousa, representante da Comissão Europeia em Portugal, elenca os desafios do próximo mandato e sublinha o papel que a comissária Maria Luís Albuquerque vai ter nos próximos cinco anos.

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28 de Novembro de 2024 às 13:01
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Economia e geopolítica resumem em apenas duas palavras os muitos desafios que a Europa tem pela frente, acredita a representante da Comissão Europeia (CE) em Portugal, Sofia Moreira de Sousa.

"Os grandes desafios da Comissão Europeia e da União Europeia (UE) que enfrentamos penso que estão patentes para todos. Continuar o trabalho já iniciado anteriormente na descabornização da nossa economia, no aumento da competitividade da economia, na necessidade de aproveitar as novas tecnologias na área digital e apostar na inovação, de assegurar a segurança da Europa face ao eclodir de guerras, todo este contexto geopolítico em que vivemos. E haverá muitos outros desafios que vão surgir neste mandato, como foi o caso de desafios que ninguém calculava ou esperava e que aconteceram no mandato anterior", enumera em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW.

Sofia Moreira de Sousa destaca ainda a importância de ter uma Comissão "forte e preparada para dar resposta a estes desafios. A presidente da CE enunciou já a bússola da competitividade, da necessidade de apostarmos em fomentar uma economia mais competitiva para nos dotar das ferramentas necessárias e para podermos ser um ator a nível mundial".

Questionada sobre se o peso da direita no novo Executivo pode dificultar as negociações, Sofia Moreira de Sousa cita Ursula von der Leyen que, na quarta-feira, sublinhou que aquilo que deve orientar a Europa são os valores da liberdade, a democracia e o estado de Direito.

Para Sofia Moreira de Sousa, todo este processo da nomeação deste Colégio responde a esse carácter democrático e de estado de Direito da própria UE. "Na verdade, a composição fragmentada do Parlamento Europeu reflete a votação dos eleitores e a realidade política que vivemos na Europa. Aumenta o desafio, mas também aumenta o diálogo", considera.

Sobre a nomeação de Maria Luís Albuquerque como comissária dos Serviços Financeiros e União da Poupança e Investimentos, a representante da CE destaca a importância da pasta. "O seu grande desafio é contribuir para o aumento da competitividade europeia e na mobilização das poupanças das famílias europeias para facilitar o desenvolvimento das indústrias e dos investimentos europeus. Nós temos um mercado financeiro extremamente fragmentado, com regulamentos a 27, portanto aquilo que é esperado é que venha dar um incentivo à criação deste mercado europeu de capitais", conclui.

O Parlamento Europeu aprovou na quarta-feira a composição da próxima Comissão Europeia de Ursula von der Leyen, com 370 votos favoráveis, 282 contra e 36 abstenções.

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