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Tusk não espera mais "exits" da União Europeia

Recorrendo à gíria cinematográfica, o presidente do Conselho Europeu garantiu que depois do Brexit não se verá nos ecrãs da União Europeia a frase "to be continued" habitualmente associada às sequelas.

Reuters
08 de Julho de 2016 às 12:41
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O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, considerou esta sexta-feira, 8 de Julho, em Varsóvia que não haverá repetições do denominado 'Brexit', referindo, numa linguagem cinematográfica, que não se esperam sequelas da saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

"Este é apenas um incidente e não o início de um processo e digo aos nossos oponentes, que esperam uma sequela do 'Brexit', não vão ver no ecrã a palavra 'continua'", garantiu o responsável, depois de um encontro entre líderes da UE e dos Estados Unidos, à margem da cimeira da NATO, em Varsóvia.

Comentando que "podem ser sérias" as consequências políticas da vitória da opção saída do Reino Unido da UE no referendo de 23 de junho, Tusk disse ainda ser do interesse europeu e norte-americano manter "relações próximas" com os britânicos.

Por seu lado, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reafirmou que as negociações não começam sem que os britânicos ativem o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que regula a saída de um Estado-membro.

"Temos de entrar em negociações e eu não estou a fazer isto, como posso dizer, de uma forma hostil. Eu penso que, mesmo depois do referendo, a UE e o Reino Unido partilham interesses comuns e não apenas nas áreas militar e da defesa" mas, por exemplo, a nível comercial, disse.

O presidente norte-americano, Barack Obama, assinalou o "momento crítico para a UE", uma vez que o resultado do referendo de 23 de junho criou "incerteza sobre o futuro".

Na sequência de conversas com líderes, nomeadamente do Reino Unido e da Alemanha, Obama manifestou a sua convicção que a UE e os britânicos vão manter a cooperação e "trabalhar de forma pragmática".

Nesta reunião entre europeus e norte-americanos foi ainda tratado o futuro acordo comercial entre as duas partes, a reafirmação do apoio à Ucrânia e o compromisso de manter as sanções à Rússia enquanto houve incumprimento dos acordos de Minsk.

Outros pontos tratados foram a crise de migrantes, nomeadamente a esperada operação NATO/UE no mar mediterrâneo, e a necessidade de ratificação do acordo de Paris sobre alterações climáticas.
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