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Tusk: Se acordo não for aprovado, há Brexit sem acordo ou não há Brexit

Segundo Donald Tusk, se o acordo sobre os termos da saída da UE for chumbado no parlamento britânico sobram duas opções: não haver Brexit ou este concretizar-se sem acordo sobre a saída e a relação futura.

Reuters
30 de Novembro de 2018 às 16:19
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Continua difícil antecipar como vai mesmo culminar o processo do Brexit. Desta feita foi Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, a avisar que se o acordo fechado com Londres não for aprovado na Câmara dos Comuns, então ou não há Brexit ou a saúda britânica será feita sem acordo.

Esta garantia foi dada por Tusk à margem da cimeira do G20 que começa esta sexta-feira, 30 de Novembro, em Buenos Aires, e que conta também com a participação de Theresa May, primeira-ministra britânica.

Isto numa altura em que May tenta recolher o apoio necessário à aprovação do acordo alcançado com Bruxelas que estabelece os termos de saída da União Europeia e define os parâmetros que devem nortear a relação futura entre os dois blocos.

Donald Tusk assegurou que o Reino Unido está preparado tanto para cancelar o Brexit como para sair sem acordo, o que na prática significaria abandonar a União Europeia sem que estejam previamente acordados os termos da saída e da futura relação comercial. Por outro lado, garantiu que também a UE está preparada para qualquer desfecho.

Cenários que surgem como possíveis tendo em conta a dificuldade de Theresa May para garantir que a aprovação do acordo fechado com Bruxelas. É que além da divisão no seio dos conservadores entre "hard" e "soft brexiters", trabalhistas, liberais e unionistas irlandeses, que suporta o governo de May no parlamento, também se opõem.

"A União Europeia acordou recentemente um divórcio ordeiro com o Reino Unido (…) A poucos dias da votação na Câmara dos Comuns, está a tornar-se cada vez mais evidente que este acordo é o melhor possível, na verdade é o único possível", "disse Tusk citado pelo The Guardian. "Quero ainda reassegurar que a UE está preparada para qualquer cenário", atirou o polaco.

Esta clarificação de Tusk surge um dia depois de Theresa May ter sugerido, junto dos deputados britânicos, que o prolongamento das negociações acerca do Brexit para lá da data em que a saída de consuma (29 de Março de 2019) poderia significar uma oportunidade para renegociar os termos do abandono da União.  

Quanto à possibilidade de cancelamento do Brexit, que May põe de parte, Bruxelas já avisou que tal hipótese só será possível mediante opinião unânime dos restantes 27 Estados-membros da UE.

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