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JPMorgan sobe de 20% para 40% a probabilidade de o Reino Unido não sair da UE

Os economistas do banco norte-americano consideram que a probabilidade de um Brexit "ordeiro" (50%) é agora só ligeiramente superior à probabilidade de um cancelamento do Brexit (40%).

Peter Nicholls/Reuters
05 de Dezembro de 2018 às 10:53
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Para os economistas do JPMorgan, a permanência do Reino Unido na União Europeia é um cenário que ganha cada vez mais força, depois de o próprio advogado-geral do Tribunal de Justiça da UE ter vaticinado que Londres poderá cancelar o Brexit, sem sequer necessitar do aval dos restantes Estados-membros do bloco regional.

 

Numa nota de análise divulgada esta quarta-feira, 5 de Dezembro, os economistas do banco norte-americano sobem de 20% para 40% a probabilidade de o Reino Unido se manter na UE, ao mesmo tempo que baixam as hipóteses de um Brexit sem acordo de 20% para 10%. Já um Brexit "ordeiro" é um cenário que perde força para o JPMorgan, que lhe atribui agora uma probabilidade de 50%, abaixo dos anteriores 60%.

 

Significa isto que, para os economistas do banco de investimento, um Brexit "ordeiro" (50%) é agora um cenário só ligeiramente mais provável do que o cancelamento do divórcio (40%).

 

"O Reino Unido parece ter agora a opção de revogar unilateralmente [o Brexit] e ter um determinado período de tempo para decidir o que acontece a seguir. Esse tempo poderá ser usado para realizar um segundo referendo em termos inteiramente decididos pelo Reino Unido", escreve o economista Malcolm Barr, na nota citada pela Reuters.

 

A possibilidade de se realizar um segundo referendo poderá ganhar força nas próximas semanas, depois de a primeira-ministra Theresa May ter perdido três votações importantes no parlamento britânico, esta terça-feira.

 

O parlamento ganhou a possibilidade de tomar uma decisão sobre um "plano B" relativamente ao Brexit no caso de rejeitar - o que é esperado - o acordo alcançado pela primeira-ministra com a UE, na próxima semana.

 

Os membros do parlamento podem, assim, vir a definir uma saída mais suave com as autoridades – o que pode incluir ficar no mercado único europeu – ou mesmo tentar parar totalmente o processo do Brexit.

 

Isto porque, de acordo com o advogado-geral do Tribunal de Justiça da UE, o Reino Unido ainda pode cancelar a sua saída e nem precisa do aval dos outros Estados-membros para abortar o Brexit.
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