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Tusk: "Não seremos intimidados por ameaças" sobre o Brexit

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, garantiu esta quarta-feira perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que a União Europeia não será intimidada por ameaças no quadro das negociações sobre a saída do Reino Unido do bloco europeu ('Brexit').

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, manifestou-se 'profundamente sentido' com a morte de Mário Soares, destacando o seu 'papel essencial' na consolidação da democracia portuguesa e 'como impulsionador da adesão de Portugal' à União Europeia.
Numa mensagem de condolências enviada ao primeiro-ministro, António Costa, e que pede que seja estendida à família de Mário Soares e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do Conselho Europeu aponta que ficou 'profundamente sentido ao tomar conhecimento do falecimento de Mário Soares', sendo este o momento de lamentar a sua perda e 'reflectir sobre a sua vida política'.
'Recordo o papel essencial que Mário Soares desempenhou na consolidação da democracia portuguesa - enquanto primeiro chefe de governo constitucionalmente eleito, e Presidente da República - e como impulsionador da adesão de Portugal às Comunidades Europeias', escreve Tusk na mensagem enviada hoje a António Costa e divulgada em Bruxelas.
15 de Março de 2017 às 10:06
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Numa intervenção perante a assembleia europeia, sobre o Conselho Europeu da semana passada, Tusk observou que "apesar de o 'Brexit' não ter estado na agenda, gostaria de fazer umas observações, já que este é o último encontro (com os eurodeputados) antes de o Reino Unido activar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que desencadeará as negociações.

"Estamos a preparar-nos cuidadosamente para estas negociações, em consultas próximas com os nossos Estados-membros e com o Parlamento Europeu. É nosso desejo que este processo seja construtivo. No entanto, as alegações, que cada vez mais ganham a forma de ameaças, de que a ausência de um acordo seria boa para o Reino Unido e mau para a UE merecem ser comentadas", apontou.

"Quero ser claro: um cenário de não acordo seria mau para todos, mas acima de tudo para o Reino Unido, porque deixaria muitas questões por resolver. Nós não seremos intimidados por ameaças, e posso assegurar-vos que elas simplesmente não funcionarão", acrescentou então.

O presidente do Conselho Europeu -- que na semana passada foi reeleito para um segundo mandato de dois anos e meio -, assegurou por outro lado que tudo fará "para assegurar que União Europeia e o Reino Unido serão amigos próximos no futuro" e reiterou que "a porta da UE permanecerá sempre aberta para os amigos britânicos".

O Governo britânico liderado por Theresa May irá accionar até ao final do corrente mês de Março o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, momento a partir do qual Reino Unido e UE terão um prazo de dois anos para concluir as negociações que estabelecerão os termos da saída dos britânicos do bloco europeu.
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