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Tusk: "Não seremos intimidados por ameaças" sobre o Brexit
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, garantiu esta quarta-feira perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que a União Europeia não será intimidada por ameaças no quadro das negociações sobre a saída do Reino Unido do bloco europeu ('Brexit').
15 de Março de 2017 às 10:06
Numa intervenção perante a assembleia europeia, sobre o Conselho Europeu da semana passada, Tusk observou que "apesar de o 'Brexit' não ter estado na agenda, gostaria de fazer umas observações, já que este é o último encontro (com os eurodeputados) antes de o Reino Unido activar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que desencadeará as negociações.
"Estamos a preparar-nos cuidadosamente para estas negociações, em consultas próximas com os nossos Estados-membros e com o Parlamento Europeu. É nosso desejo que este processo seja construtivo. No entanto, as alegações, que cada vez mais ganham a forma de ameaças, de que a ausência de um acordo seria boa para o Reino Unido e mau para a UE merecem ser comentadas", apontou.
"Quero ser claro: um cenário de não acordo seria mau para todos, mas acima de tudo para o Reino Unido, porque deixaria muitas questões por resolver. Nós não seremos intimidados por ameaças, e posso assegurar-vos que elas simplesmente não funcionarão", acrescentou então.
O presidente do Conselho Europeu -- que na semana passada foi reeleito para um segundo mandato de dois anos e meio -, assegurou por outro lado que tudo fará "para assegurar que União Europeia e o Reino Unido serão amigos próximos no futuro" e reiterou que "a porta da UE permanecerá sempre aberta para os amigos britânicos".
O Governo britânico liderado por Theresa May irá accionar até ao final do corrente mês de Março o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, momento a partir do qual Reino Unido e UE terão um prazo de dois anos para concluir as negociações que estabelecerão os termos da saída dos britânicos do bloco europeu.
"Estamos a preparar-nos cuidadosamente para estas negociações, em consultas próximas com os nossos Estados-membros e com o Parlamento Europeu. É nosso desejo que este processo seja construtivo. No entanto, as alegações, que cada vez mais ganham a forma de ameaças, de que a ausência de um acordo seria boa para o Reino Unido e mau para a UE merecem ser comentadas", apontou.
O presidente do Conselho Europeu -- que na semana passada foi reeleito para um segundo mandato de dois anos e meio -, assegurou por outro lado que tudo fará "para assegurar que União Europeia e o Reino Unido serão amigos próximos no futuro" e reiterou que "a porta da UE permanecerá sempre aberta para os amigos britânicos".
O Governo britânico liderado por Theresa May irá accionar até ao final do corrente mês de Março o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, momento a partir do qual Reino Unido e UE terão um prazo de dois anos para concluir as negociações que estabelecerão os termos da saída dos britânicos do bloco europeu.