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Tusk e Juncker consideram que não alargamento à Albânia e Macedónia é "erro histórico"
No final daquele que deverá ser o último Conselho Europeu de Tusk e Juncker, os dois dirigentes europeus foram muito críticos pela decisão de não abertura de negociações de adesão da Macedónia e da Albânia à União Europeia.
No final daquela que, em princípio, terá sido a última cimeira europeia com a participação dos ainda presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, respetivamente Donald Tusk e Jean-Claude Juncker, os dois dirigentes europeus teceram fortes críticas à decisão da UE não encetar negociações de adesão da Macedónia e da Albânia ao bloco europeu.
Tusk mostrou-se "envergonhado" por aquilo que não considera ser um falhanço, mas um "erro histórico" que consiste no não apoio aos governos albanês e macedónio, países que "passaram os exames" necessários à adesão. "Não posso dizer o mesmo dos nossos Estados-membros", acrescentou sem nomear países, embora deixando ficar implícito estar a referir-se a capitais como Budapeste ou Varsóvia, onde as regras do Estado de direito não têm sido plenamente asseguradas.
"Tenho a certeza de que um dia vocês serão membros de pleno direito da UE", disse ainda Donald Tusk considerando como positivo o facto de haver uma "maioria esmagadora" de 24 ou 25 Estados-membros determinados a promover a adesão daqueles dois países.
Mais conciso mas não menos duro, Jean-Claude Juncker recordou ter sido a própria União a "encorajar esses países" e a fazer "promessas públicas". "Se queremos ser respeitados, temos de cumprir as nossas promessas", concluiu o luxemburguês que se emocionou ao ponto de ficar com a voz embargada na despedida após cinco anos como líder do órgão executivo comunitário.
"Continuarei orgulhoso até o final da minha vida por ter servido a Europa", declarou Juncker visivelmente emocionado.
Apelo a uma rápida negociação do próximo orçamento da UE
Em 2018, a Comissão Europeia apresentou uma proposta para o próximo orçamento comunitário num valor global de 1,135 biliões de euros (preços de 2018), assente em contribuições nacionais de 1,11% do rendimento nacional bruto (RNB) de cada Estado-membro. No entanto, a proposta feita pela presidência rotativa da UE, atualmente a cargo da Finlândia, implica uma menor dotação orçamental visto que sugere um intervalo para as contribuições entre 1,03% e 1,08%.
Juncker avisou que a proposta feita pela Comissão é "justa" na medida em que é capaz de combinar as políticas anteriores com as novas, deixando no ar a ideia de que com menos dinheiro Bruxelas poderá não ter capacidade para responder aos novos desafios.
Sobre a situação na Síria, Donald Tusk foi cáustico: "O cessar-fogo não é o que esperávamos, na verdade não é um cessar-fogo", sustentou defendendo que o compromisso firmado entre o presidente turco e o vice-presidente norte-americano, Mike Pense, não passa de uma exigência de "capitulação dos curdos" que vivem no norte da Síria.