A "dupla" António Costa, primeiro-ministro, e Nuno Brito, embaixador permanente de Portugal junto das instituições comunitárias, figura no fundo da tabela da capacidade de influenciar decisões no seio da União Europeia (UE), estima o Político Europe, jornal especializado em assuntos europeus.

Num universo de 33 países, onde se integram os actuais 28 Estados-membros e os países candidatos à adesão à União Europeia (UE), Portugal surge em 20º lugar, com a capacidade de influência quer do primeiro-ministro quer do embaixador permanente, que gere a agenda quotidiana e assume a preparação das cimeiras, a ser classificada pelo jornal como "fraca".

Portugal surge atrás de Espanha, Grécia ou Irlanda mas à frente do Luxemburgo e da Áustria, países fundadores da hoje UE, sendo que a Comissão Europeia é actualmente presidida pelo luxemburguês Jean-Claude Juncker (na foto, com António Costa). "Um pequeno país em resgate. Sem José Manuel Barroso para o levantar, não são um grande ‘player’ ", resume o jornal que parece considerar Portugal como estando ainda na dependência dos credores que financiaram o programa de assistência concluído há dois anos.

A liderar a tabela está, sem surpresa, a Alemanha, em larga medida devido ao peso político "sem paralelo" da chanceler Angela Merkel. Já quando se olha para os embaixadores, sobressai o francês Pierre Sellal, descrito pelo Politico como o "mais experiente" entre os seus pares.