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Parlamento Europeu já aprovou Comissão Von der Leyen
Os eurodeputados votaram a favor do novo colégio de comissários liderado pela alemã Ursula von der Leyen e que conta com a portuguesa Elisa Ferreira como comissária para a Coesão e Reformas.
A União Europeia já tem órgão executivo para os próximos cinco anos depois de os eurodeputados terem elegido, esta quarta-feira, 27 de novembro, o novo colégio de comissários.
Num total de 707 votantes, houve 461 votos a favor, 157 contra e 89 abstenções. O Parlamento Europeu deu assim luz verde para que a Comissão Europeia liderada por Ursula von der Leyen possa entrar em funções no próximo dia 1 de dezembro. Para que o novo executivo possa iniciar o mandato de cinco anos falta apenas ser aprovado pelo Conselho Europeu, por maioria qualificada.
A Comissão Von der Leyen (61,6%) assegurou maior apoio do que Juncker recolheu há cinco anos (51,2%).
A nova Comissão será composta por 27 elementos (apesar de o Brexit não se ter ainda consumado, Londres recusou apontar um comissário antes das eleições de 12 de dezembro), contando com 15 homens e 12 mulheres.
A paridade pretendida por Von der Leyen acabou por não se verificar na sequência da substituição dos três comissários designados que foram chumbados pelo Parlamento Europeu. Ainda assim, Von der Leyen fez questão de destacar que o novo colégio ficou a apenas uma mulher de garantir o "equilíbrio de género" e de anunciar que os gabinetes de todos os comissários serão paritários pela "primeira vez".
Na apresentação do programa a levar a cabo pela sua equipa, a alemã Ursula von der Leyen apontou o combate e resposta às alterações climáticas como a grande prioridade, não apenas numa lógica ambiental mas também de motor para o crescimento económico.
A ex-governante germânica defende que a UE deve assumir a dianteira do processo, definindo "padrões globais", e tirar partido económico disso mesmo.
Na frente financeira, Von der Leyen atribuiu particular relevância à missão que espera a portuguesa Elisa Ferreira, comissária para a Coesão e Reformas. Elisa Ferreira deve trabalhar no sentido do aprofundamento da integração na área do euro para apoiar "o crescimento e o emprego" bem como "usar a flexibilidade garantida pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento".
A líder da Comissão sublinhou ainda a necessidade de finalizar a união bancária e a união dos mercados de capitais.