Notícia
Morreu o ex-chanceler alemão Helmut Schmidt
O "chanceler de ferro" foi o primeiro a denunciar a implantação dos mísseis balísticos soviéticos SS-20, em 1977, e a defender a dos euromísseis da NATO. Europeu convicto, criticou o modo como o seu sucessor Helmut Kohl conduziu a unificação da Alemanha.
10 de Novembro de 2015 às 14:52
O ex-chanceler alemão Helmut Schmidt morreu nesta terça-feira, 10 de Novembro, aos 96 anos, depois de o seu estado de saúde se ter degradado significativamente no último fim de semana, indicou a agência de notícias alemã.
O antigo dirigente social-democrata, chanceler de 1974 a 1982, era um grande fumador, tinha um pacemaker desde 1981 e teve em 2012 um enfarte do miocárdio, tendo sido submetido a um 'bypass' coronário.
Tornou-se chanceler em 1974 após a demissão de outra grande figura da social-democracia alemã, Willy Brandt, e foi reconduzido em 1976 e 1980.
Inflexível face à violência do grupo de extrema-esquerda Fracção do Exército Vermelho (RAF), também conhecido como Baader-Meinhof, Schmidt foi o homem das reformas sociais e da distensão com o Leste.
O "chanceler de ferro" foi o primeiro a denunciar a implantação dos mísseis balísticos soviéticos SS-20, em 1977, e a defender a dos euromísseis da NATO. Europeu convicto, criticou o modo como o seu sucessor Helmut Kohl conduziu a unificação da Alemanha.
Schmidt foi ainda o "pai", com o antigo presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, do sistema monetário europeu. Retirado da vida política há mais de 30 anos, ainda recentemente contribuía para os debates políticos e intelectuais do seu país.
Autor de três dezenas de livros, foi chefe de redacção (1983) e depois director (1985-1989) do Die Zeit, um dos mais prestigiados semanários alemães.
O antigo dirigente social-democrata, chanceler de 1974 a 1982, era um grande fumador, tinha um pacemaker desde 1981 e teve em 2012 um enfarte do miocárdio, tendo sido submetido a um 'bypass' coronário.
Inflexível face à violência do grupo de extrema-esquerda Fracção do Exército Vermelho (RAF), também conhecido como Baader-Meinhof, Schmidt foi o homem das reformas sociais e da distensão com o Leste.
O "chanceler de ferro" foi o primeiro a denunciar a implantação dos mísseis balísticos soviéticos SS-20, em 1977, e a defender a dos euromísseis da NATO. Europeu convicto, criticou o modo como o seu sucessor Helmut Kohl conduziu a unificação da Alemanha.
Schmidt foi ainda o "pai", com o antigo presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, do sistema monetário europeu. Retirado da vida política há mais de 30 anos, ainda recentemente contribuía para os debates políticos e intelectuais do seu país.
Autor de três dezenas de livros, foi chefe de redacção (1983) e depois director (1985-1989) do Die Zeit, um dos mais prestigiados semanários alemães.