Notícia
May quer Reino Unido como "hub" de investimento. Schäuble lembra que há regras sobre impostos
Falando em Davos, a primeira-ministra britânica falou do Brexit e disse querer que o Reino Unido seja um "hub" de investimento. Ao lado, o ministro alemão das Finanças lembrou que há regras sobre impostos acordadas pelo G20.
Theresa May considera que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) poderá fornecer ao país a oportunidade de ser "verdadeiramente global" e um "’hub’ de investimento".
Falando em Davos nesta quinta-feira, 19 de Janeiro, a responsável argumentou que os britânicos "escolheram construir um Reino Unido verdadeiramente global", o que "significa que terá de enfrentar um período de mudanças fundamentais".
Embora tenha referido que defende que as empresas, em particulares as multinacionais, "tenham de pagar uma parte justa de impostos", as suas palavras voltaram a ser lidas como uma referência à possibilidade de o Reino Unido optar por uma descida generalizada da fiscalidade para atrair investimentos, à semelhança da Irlanda ou de Singapura, para tentar compensar o país da perda de acesso privilegiado ao mercado de 450 milhões de consumidores dos demais países da UE que advirá do Brexit.
May disse ainda que já foram desencadeadas conversações com a Nova Zelândia, Austrália e Índia com vista a celebrar acordos de comércio para substituir os que caducarão com a saída do Reino Unido da UE. Actualmente, através da pertença à União, o Reino Unido (como aos demais 27 Estados-membros) tem acordos comerciais com mais de 50 países terceiros.
Theresa May anunciou nesta semana que irá pedir a retirada completa do Reino Unido da UE e que não abrirá mão de recuperar o controlo sobre as suas fronteiras e entrada de estrangeiros, mas que quer, em contrapartida, um novo acordo com a União que lhe conceda o máximo acesso possível aos mercados de "bens e serviços" dos demais Estados-membros.
May disse ainda que prefere um não acordo (situação em que o Reino Unido passaria a ser tratado pela UE como um país terceiro, seguindo as regras mínimas internacionais) a um mau acordo sobre o pós-Brexit.
Pouco depois, falando também em Davos, mas em entrevista à agência Bloomberg, o ministro alemão das Finanças afirmou que "uma verdadeira potência global não pode liderar uma corrida para a descida de impostos". "Isso não seria do interesse do Reino Unido e julgo que não o farão", disse Wolfgang Schäuble, lembrando que há regras definidas no âmbito do G20 com o propósito de reduzir a fuga fiscal das empresas que teriam de ser cumpridas por Londres, mesmo estando fora da UE.
Ontem, falando no parlamento britânico, Jeremy Corbyn, líder dos Trabalhistas, o maior partido da oposição, disse estar contra uma descida da fiscalidade para as empresas, argumentando que os cofres britânicos poderiam perder 120 mil milhões de libras, o que comprometeria seriamente a capacidade do governo de prover serviços públicos, como a saúde e a educação.
Falando em Davos nesta quinta-feira, 19 de Janeiro, a responsável argumentou que os britânicos "escolheram construir um Reino Unido verdadeiramente global", o que "significa que terá de enfrentar um período de mudanças fundamentais".
Embora tenha referido que defende que as empresas, em particulares as multinacionais, "tenham de pagar uma parte justa de impostos", as suas palavras voltaram a ser lidas como uma referência à possibilidade de o Reino Unido optar por uma descida generalizada da fiscalidade para atrair investimentos, à semelhança da Irlanda ou de Singapura, para tentar compensar o país da perda de acesso privilegiado ao mercado de 450 milhões de consumidores dos demais países da UE que advirá do Brexit.
May disse ainda que já foram desencadeadas conversações com a Nova Zelândia, Austrália e Índia com vista a celebrar acordos de comércio para substituir os que caducarão com a saída do Reino Unido da UE. Actualmente, através da pertença à União, o Reino Unido (como aos demais 27 Estados-membros) tem acordos comerciais com mais de 50 países terceiros.
Theresa May anunciou nesta semana que irá pedir a retirada completa do Reino Unido da UE e que não abrirá mão de recuperar o controlo sobre as suas fronteiras e entrada de estrangeiros, mas que quer, em contrapartida, um novo acordo com a União que lhe conceda o máximo acesso possível aos mercados de "bens e serviços" dos demais Estados-membros.
May disse ainda que prefere um não acordo (situação em que o Reino Unido passaria a ser tratado pela UE como um país terceiro, seguindo as regras mínimas internacionais) a um mau acordo sobre o pós-Brexit.
Pouco depois, falando também em Davos, mas em entrevista à agência Bloomberg, o ministro alemão das Finanças afirmou que "uma verdadeira potência global não pode liderar uma corrida para a descida de impostos". "Isso não seria do interesse do Reino Unido e julgo que não o farão", disse Wolfgang Schäuble, lembrando que há regras definidas no âmbito do G20 com o propósito de reduzir a fuga fiscal das empresas que teriam de ser cumpridas por Londres, mesmo estando fora da UE.
Ontem, falando no parlamento britânico, Jeremy Corbyn, líder dos Trabalhistas, o maior partido da oposição, disse estar contra uma descida da fiscalidade para as empresas, argumentando que os cofres britânicos poderiam perder 120 mil milhões de libras, o que comprometeria seriamente a capacidade do governo de prover serviços públicos, como a saúde e a educação.