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Juncker rejeita negociar tarifas com os EUA sob ameaça

No dia seguinte a Washington ter prolongado por um mês a isenção concedida às importações de aço e alumínio oriundas da UE, o presidente da Comissão Europeia avisou que Bruxelas recusa negociar com os Estados Unidos sob ameaça.

Reuters
David Santiago dsantiago@negocios.pt 02 de Maio de 2018 às 15:27

A União Europeia não aceita negociar com os Estados Unidos sob ameaça norte-americana, avisou esta quarta-feira, 2 de Maio, Jean-Claude Juncker. O presidente da Comissão Europeia rejeita assim que as conversações com Washington com vista a garantir para a União Europeia uma isenção permanente às novas taxas alfandegárias aplicadas pelos EUA às importações de aço e alumínio decorrem num ambiente de chantagem. 

"Gostaria de reiterar o apelo para que esta isenção seja incondicional e permanente. Nós consideramos que as medidas aplicadas pelos EUA não podem ser justificadas com base em questões de segurança nacional", declarou Juncker no dia em que a Comissão Europeia revelou as suas propostas para o próximo orçamento plurianual da UE. 

As declarações do líder da Comissão surgem um dia depois de os Estados Unidos terem anunciado o prolongamento, por um período de 30 dias (até ao dia 1 de Junho), da isenção temporária à aplicação das novas tarifas aduaneiras sobre as importações de aço e alumínio oriundas de Estados-membros da União. A isenção terminava ontem, 1 de Maio. Ainda ontem, a Comissão Europeia já avisara que não iria negociar sob chantagem.

Argentina, Brasil e Austrália também continuam isentos, embora por um período ainda por determinar, enquanto as importações daqueles metais vindas da Coreia do Sul garantiram isenção permanente, isto depois de Seul ter chegado a um acordo considerado satisfatório por Washington. 

"Vamos continuar as nossas negociações com os Estados Unidos, mas recusamos negociar sob ameaça", atirou Juncker citado pela Reuters.

Na semana passada, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, estiveram em Washington, tendo levado como dos principais pontos da agenda a questão das tarifas aduaneiras. No entanto, tanto Macron como Merkel regressaram dos encontros com Trump sem boas notícias para a Europa.

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