"Tenho muito que fazer até ao dia 31 de Outubro, olhe, por exemplo, a saída de Portugal do programa, aí está uma coisa importante a fazer, ver também quais os próximos passos para relançar a economia, a recuperação já começou mas não podemos dizer que estamos fora da crise com níveis tão elevados de desemprego, portanto, trabalhar até ao último dia, até ao final de Outubro", afirmou o chefe do executivo comunitário, no final do congresso do Partido Popular Europeu (PPE), em Dublin.

Barroso considerou que dez anos à frente da Comissão "são mais do que suficientes" e que continuar iria "contra todas as regras da sensatez e da sabedoria"

"Toda a gente reconhece que, então estes últimos cinco, foram os anos mais difíceis da história da integração europeia, com uma crise sem precedentes, nunca ninguém fez mais do que dez anos, estou orgulhoso por ter tido a confiança não apenas dos chefes de Estado e de Governo, mas também do Parlamento Europeu, nestas condições tão difíceis", disse.

Questionado sobre como encara a hipótese de assumir outro cargo a nível europeu, respondeu: "Bom, bom, bom, como se diz em Portugal, o futuro a Deus pertence".

"Como dizem os treinadores e jogadores de futebol, vamos ver o próximo jogo, concentremo-nos aí e não a fazer cenários para o futuro", declarou.

"Ainda há muito a fazer nos próximos meses na Comissão Europeia, nomeadamente ajudar Portugal a sair do programa de ajustamento, ainda há muito a fazer para relançar a economia e o desemprego jovem, vamos cumprir o nosso mandato e depois se verá", concluiu.