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Costa não se pronuncia sobre OPA dos chineses à EDP. Merkel pede reciprocidade

O primeiro-ministro disse não ter abordado a questão da OPA lançado pelos chineses sobre a EDP nas conversas mantidas com a chanceler. Merkel considera fundamental que haja reciprocidade ao nível dos investimentos entre a Europa e a China.

31 de Maio de 2018 às 14:58
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A oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelos chineses da China Three Gorges sobre a EDP não foi tema de debate nas conversas mantidas entre António Costa e Angela Merkel. E nem o primeiro-ministro nem a chanceler alemã se alongaram nas respostas dadas aos jornalistas sobre esta questão. 

"Relativamente à OPA que está em curso, obviamente não foi objecto de conversação entre nós visto que nem o Estado português tem de se pronunciar sobre uma operação de mercado que decorre de acordo com as regras de mercado", afirmou Costa aos jornalistas na conferência de imprensa que culminou a visita oficial de Merkel a Portugal. 

O chefe do Governo português mantém assim o essencial da posição logo assumida ainda antes do anúncio da OPA que os chineses terão de registar esta sexta-feira junto da CMVM. Nessa altura, Costa sustentava que o sucesso da operação será decidido pelo mercado e sinalizava não ter qualquer "reserva a opor". Ainda assim, o primeiro-ministro não deixou então de sinalizar o bom acolhimento ao investimento chinês porque os "investidores chineses têm sido bons investidores em Portugal". 

Na semana passada, António Costa assumiu ter sido o autor da alteração, feita em 2017, ao Código de Valores Mobiliários que entretanto acaba por facilitar, a favor dos chineses, a contagem de votos na OPA lançada pela China Three Gorges à EDP. 

Já Angela Merkel também disse não ter "nada a opor" à operação, mas disse ser "importante haver reciprocidade" nas relações entre a União Europeia e a China. Numa altura em que no seio da UE se discute a premência de não colocar sectores estratégicos nas mãos de investidores externos à Europa, Merkel assumiu ser possível negociar com Pequim uma posição que beneficie ambas as partes no que concerne ao investimento chinês na Europa. 


Merkel quer "reciprocidade" nas relações económicas entre China e Europa
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A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu hoje em Lisboa a necessidade de haver “reciprocidade” nas relações económicas entre a China e a Europa.


Actualmente, por exemplo, os processos de privatização em curso na Grécia de sectores como o energético, e que são exigidos por Bruxelas no âmbito do programa de assistência financeira ao país ainda em vigor, têm nos chineses investidores os principais interessados.  

A chanceller alemã esteve recentemnteo reunida com o presidente chinês, para solicitar maior abertura do país asiático ao investimento alemão e europeu.

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