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Bruxelas vai ripostar tarifas dos Estados Unidos mas apela à negociação

A Comissão Europeia reagiu à aplicação das mais recentes tarifas dos Estados Unidos sobre produtos europeus com o anúncio de que iria ripostar da mesma forma. Apesar disto, a solução ideal será a negociação, defende a comissária responsável.

Mauro Bottaro/UE
18 de Outubro de 2019 às 15:04
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A Comissão Europeia já respondeu à decisão de Trump de lançar novas tarifas sobre produtos europeus, as quais entraram em vigor esta sexta-feira, 18 de outubro. A responsável pelo Comércio na comissão, Cecilia Malstrom (na foto), anuncia que Bruxelas irá retaliar também com novas tarifas, embora ressalve que a proposta de acordo que apresentou em julho continua "em cima da mesa", abrindo a porta à negociação.  

"Lamentamos a escolha dos Estados Unidos de avançarem com tarifas. Este passo deixa-nos sem alternativas exceto avançar também com as nossas próprias tarifas no que toca ao caso Boeing, no qual foi apurado que os Estados Unidos quebraram as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio)", pode ler-se na declaração publicada no site da Comissão europeia e assinada pela comissária responsável pela pasta do Comércio, Cecilia Malstrom.

A comissária defende que a aplicação de tarifas de parte a parte "não serve os interesses de ninguém" e culminará em "danos significativos" nas cadeias de valor, tanto do setor da aviação como outros, os quais assinala já estarem a sofrer danos colaterais.

No entender de Malstrom, face às falhas que existiram de ambas as partes, "os Estados Unidos e a Europa têm uma responsabilidade conjunta de se sentarem e negociarem um acordo" que respeite os princípios da OMC. Posto isto, afirma que a proposta entregue aos Estados Unidos em julho com este mesmo sentido, "se mantém em cima da mesa".

Esta sexta-feira, 18 de outubro, entram em vigor as tarifas que os EUA podem aplicar às importações com origem na União Europeia, após a Organização Mundial do Comércio ter dado autorização na sequência dos subsídios europeus à Airbus. Alemanha, França, Reino Unido e Espanha serão os principais afetados. Já Portugal terá um impacto limitado.

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