Notícia
OMC autoriza sanções da China sobre os EUA num caso pré-guerra comercial
A Organização Mundial do Comércio (OMC) deu o 'ok' à China para aplicar sanções sobre 3,6 mil milhões de dólares de bens dos EUA. O caso é anterior à guerra comercial iniciada em 2018 por Donald Trump.
A relação comercial entre a China e os EUA vai enfrentar mais um percalço. A Organização Mundial do Comércio (OMC) deu "luz verde" à China para aplicar sanções sobre bens norte-americanos que poderão ir até um valor total de 3,6 mil milhões de dólares.
A decisão foi divulgada esta sexta-feira, 1 de novembro, e é a terceira maior sanção aprovada pela Organização na sua história.
O caso é anterior à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo iniciada em 2018 por Donald Trump, mas pode reacender as tensões que recentemente tinham sido esbatidas.
De acordo com a Bloomberg, esta decisão da OMC incide sobre temas que estão fora das atuais negociações entre Washington e Pequim para que seja concluída a primeira fase do acordo comercial.
O caso remonta a uma queixa de 2013 por parte da China contra os EUA. Em maio de 2017, a Organização tinha decidido que os Estados Unidos tinham de mudar o seu regime de anti-dumping, o que representou um revés para as restrições norte-americanas às importações baratas com origem na China.
Em janeiro deste ano, a Organização deu um prazo até 22 de agosto ao Departamento do Comércio norte-americano para modificar as suas práticas anti-dumping. Caso não o fizesse, a Organização teria de autorizar a China a retaliar.
Foi o que aconteceu. Em setembro deste ano a China pediu autorização para retaliar dado que os EUA não cumpriram com a implementação das recomendações da OMC. Pequim tinha pedido à OMC autorização para retaliar contra um total de sete mil milhões de dólares de bens norte-americanos, mas só teve autorização para 3,6 mil milhões de dólares.
A decisão foi divulgada esta sexta-feira, 1 de novembro, e é a terceira maior sanção aprovada pela Organização na sua história.
De acordo com a Bloomberg, esta decisão da OMC incide sobre temas que estão fora das atuais negociações entre Washington e Pequim para que seja concluída a primeira fase do acordo comercial.
Ainda assim, a permissão dada pela Organização liderada por Roberto Azevêdo dá ao Governo chinês uma nova arma legal para fazer um braço de ferro com a administração norte-americana.Arbitrator issues decision in US-China anti-dumping dispute #TradeDisputes https://t.co/sFW9NJd1j1 pic.twitter.com/zkzzXiTC0A
— WTO (@wto) November 1, 2019
O caso remonta a uma queixa de 2013 por parte da China contra os EUA. Em maio de 2017, a Organização tinha decidido que os Estados Unidos tinham de mudar o seu regime de anti-dumping, o que representou um revés para as restrições norte-americanas às importações baratas com origem na China.
Em janeiro deste ano, a Organização deu um prazo até 22 de agosto ao Departamento do Comércio norte-americano para modificar as suas práticas anti-dumping. Caso não o fizesse, a Organização teria de autorizar a China a retaliar.
Foi o que aconteceu. Em setembro deste ano a China pediu autorização para retaliar dado que os EUA não cumpriram com a implementação das recomendações da OMC. Pequim tinha pedido à OMC autorização para retaliar contra um total de sete mil milhões de dólares de bens norte-americanos, mas só teve autorização para 3,6 mil milhões de dólares.