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Trump diz que “prémio de 7,5 mil milhões” contra a UE é uma “boa vitória”

O presidente dos Estados Unidos reagiu, no Twitter, à decisão da OMC, dizendo tratar-se de um "prémio" contra a UE e "uma boa vitória".

Reuters
03 de Outubro de 2019 às 12:40
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"Uma boa vitória". Foi desta forma que o presidente norte-americano Donald Trump descreveu a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) de permitir que os Estados Unidos avancem com tarifas sobre importações europeias num montante máximo anual de cerca de 7,5 mil milhões de dólares (6,87 mil milhões de euros).

Esta "luz verde" decorre da conclusão de que a fabricante aeronáutica Airbus beneficiou de ajuda pública europeia, prejudicando a rival norte-americana Boeing.

Na primeira reação ao veredicto deste organismo, no Twitter, Trump diz tratar-se de um "prémio" de 7,5 mil milhões contra a União Europeia, que há vários anos prejudica os Estados Unidos no comércio.  

"Os EUA ganharam um prémio de 7,5 mil milhões de dólares da Organização Mundial do Comércio contra a União Europeia, que há muitos anos trata muito mal os EUA no comércio devido a tarifas, barreiras comerciais e muito mais. Este caso arrasta-se há anos, uma boa vitória!", escreveu o líder da Casa Branca na rede social, sobre a conclusão deste processo iniciado pelos Estados Unidos há mais de uma década.

Apesar desta queixa, também os Estados Unidos violaram regras comerciais com apoios ilegais à Boeing, como concluiu a Organização Mundial do Comércio em março deste ano, abrindo caminho à UE para avançar com a aplicação de tarifas. A decisão final, que poderá dar o "ok" definitivo a Bruxelas, será conhecida dentro de alguns meses. 

A Comissão Europeia já avisou que o fará caso os Estados Unidos avancem realmente com a imposição de tarifas aduaneiras de 25% sobre bens importados da região. Ontem, ainda antes de ser conhecido o veredicto da OMC, a Comissão indicou que pretende negociar com Washington sobre esta matéria, advertindo, porém, que caso os EUA avancem, a UE irá responder na mesma moeda.

"Temos dito, consistentemente, aos Estados Unidos que estamos prontos para trabalhar com eles numa solução justa e equilibrada para as respetivas indústrias aeronáuticas. Estamos prontos e dispostos a encontrar um acordo justo, mas se os Estados Unidos decidirem impor medidas de retaliação, a UE irá fazer o mesmo", declarou a porta-voz do executivo comunitário, Mina Andreeva.

Aparentemente indiferentes ao convite da UE para negociar, os Estados Unidos publicaram de imediato uma lista com centenas de itens que serão alvo das novas tarifas, e que incluem vinho francês, queijo italiano e uísque escocês, assim como cerejas, pêssegos, mexilhões, derivados de porco, queijo e iogurtes provenientes de Portugal.

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