Notícia
Brexit: PS descreve "página muito triste na história da UE"
O eurodeputado do Partido Socialista, Pedro Silva Pereira, referiu-se ao divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia como um "momento triste" na história da União Europeia.
29 de Janeiro de 2020 às 18:54
O eurodeputado socialista Pedro Silva Pereira declarou hoje que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) "é uma página muito triste na história da UE", mas que é preciso "reduzir danos" na transição.
"Este é um exercício necessário de controlo de danos. Não há bons 'Brexit'. O 'Brexit' é um prejuízo para o Reino Unido, para a UE e para a nossa capacidade de conjuntamente enfrentarmos os problemas globais, mas é a escolha dos britânicos. O que está ao nosso alcance é reduzir os danos, proteger os direitos dos cidadãos, assegurar um período de transição para que as coisas corram de uma forma mais suave e olharmos para a frente para preparar uma relação futura que seja no interesse de todos", disse.
O Parlamento Europeu (PE) votou hoje, em Bruxelas, o Acordo de Saída do Reino Unido da UE, a derradeira etapa formal para a efetiva consumação do 'Brexit', que se efetivará sexta-feira.
"As coisas não começam bem quando o Reino Unido começa por dizer que não haverá prorrogação do prazo de negociação ou não vamos cumprir o que já está no acordo de saída em matérias de controlos fronteiriços entre a Irlanda do Norte e o Reino Unido. Isso é essencial. Espero que o bom senso prevaleça e possamos trabalhar em conjunto para reduzir os danos do 'Brexit'. Agora, que ninguém duvide que o 'Brexit' é sempre mau, é uma página muito triste na história da UE", continuou.
Segundo Silva Pereira, "é absurdo excluir à partida a possibilidade de qualquer prorrogação do período das negociações".
"Sabemos que os acordos comerciais, em circunstâncias por vezes mais fáceis, podem demorar muito tempo. Este acordo tem muita complexidade e a preocupação deve ser salvaguardar a integridade do mercado único para não haver restrições nas fronteiras, assegurando os nossos padrões de proteção ambiental, social e até de direitos dos consumidores", concluiu.
A rainha Isabel II promulgou, em 23 de janeiro, o contestado e adiado projeto de lei que formaliza a saída do Reino Unido do bloco europeu, horas após a sua aprovação pela Câmara dos Lordes (câmara alta do Parlamento britânico).
Três anos e meio depois de o 'Brexit' ter sido decidido num referendo por 52% dos eleitores, em junho de 2016, o processo - que provocou uma crise política devido ao impasse no parlamento, que rejeitou três vezes o acordo negociado pela antiga primeira-ministra Theresa May e forçou o adiamento da saída - irá então concretizar-se finalmente na próxima sexta-feira, às 23:00 de Londres (mesma hora em Lisboa, 00:00 de 01 de fevereiro em Bruxelas).
No sábado, 01 de fevereiro, iniciar-se-á o chamado "período de transição", até 31 de dezembro de 2020, durante o qual as duas partes negociarão a relação futura, e no mesmo dia, em virtude de o Reino Unido tornar-se um país terceiro, abrirá a nova delegação da União Europeia no Reino Unido, que será encabeçada pelo diplomata português João Vale de Almeida.
"Este é um exercício necessário de controlo de danos. Não há bons 'Brexit'. O 'Brexit' é um prejuízo para o Reino Unido, para a UE e para a nossa capacidade de conjuntamente enfrentarmos os problemas globais, mas é a escolha dos britânicos. O que está ao nosso alcance é reduzir os danos, proteger os direitos dos cidadãos, assegurar um período de transição para que as coisas corram de uma forma mais suave e olharmos para a frente para preparar uma relação futura que seja no interesse de todos", disse.
"As coisas não começam bem quando o Reino Unido começa por dizer que não haverá prorrogação do prazo de negociação ou não vamos cumprir o que já está no acordo de saída em matérias de controlos fronteiriços entre a Irlanda do Norte e o Reino Unido. Isso é essencial. Espero que o bom senso prevaleça e possamos trabalhar em conjunto para reduzir os danos do 'Brexit'. Agora, que ninguém duvide que o 'Brexit' é sempre mau, é uma página muito triste na história da UE", continuou.
Segundo Silva Pereira, "é absurdo excluir à partida a possibilidade de qualquer prorrogação do período das negociações".
"Sabemos que os acordos comerciais, em circunstâncias por vezes mais fáceis, podem demorar muito tempo. Este acordo tem muita complexidade e a preocupação deve ser salvaguardar a integridade do mercado único para não haver restrições nas fronteiras, assegurando os nossos padrões de proteção ambiental, social e até de direitos dos consumidores", concluiu.
A rainha Isabel II promulgou, em 23 de janeiro, o contestado e adiado projeto de lei que formaliza a saída do Reino Unido do bloco europeu, horas após a sua aprovação pela Câmara dos Lordes (câmara alta do Parlamento britânico).
Três anos e meio depois de o 'Brexit' ter sido decidido num referendo por 52% dos eleitores, em junho de 2016, o processo - que provocou uma crise política devido ao impasse no parlamento, que rejeitou três vezes o acordo negociado pela antiga primeira-ministra Theresa May e forçou o adiamento da saída - irá então concretizar-se finalmente na próxima sexta-feira, às 23:00 de Londres (mesma hora em Lisboa, 00:00 de 01 de fevereiro em Bruxelas).
No sábado, 01 de fevereiro, iniciar-se-á o chamado "período de transição", até 31 de dezembro de 2020, durante o qual as duas partes negociarão a relação futura, e no mesmo dia, em virtude de o Reino Unido tornar-se um país terceiro, abrirá a nova delegação da União Europeia no Reino Unido, que será encabeçada pelo diplomata português João Vale de Almeida.