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Brexit: Londres e Dublin mais perto de acordo para a fronteira irlandesa

A imprensa britânica avança esta quinta-feira que o Reino Unido e a Irlanda estão próximas de alcançar um acordo em torno da fronteira irlandesa. Líderes da UE poderão oferecer um período de transição de dois anos, de acordo com o The Times.

Donald Trump não é fã do projecto do euro, nem da União Europeia. Tem sido elogioso do Brexit e disse mesmo esperar que outros países sigam o mesmo caminho. Uma opinião partilhada pelo homem apontado na imprensa como o próximo embaixador dos EUA na União Europeia. Ted Malloch afirmou numa entrevista à BBC que o melhor investimento que se pode fazer em 2017 é 'apostar na queda do euro', antecipando o colapso da moeda única. Disse também que, depois de ter ajudado a desmembrar a União Soviética, poderá fazer o mesmo em relação à União Europeia. Malloch não foi ainda confirmado.
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O Reino Unido terá já apresentado, esta semana, propostas que permitirão as negociações em torno da questão da fronteira da Irlanda do Norte e República da Irlanda avançarem para um acordo, segundo com o jornal britânico The Times. Fontes da publicação em Dublin adiantam que têm existido "movimentações" sobre esta questão, o que faz crescer o sentimento de confiança de que um acordo possa ser alcançado antes da cimeira europeia de 14 e 15 de Dezembro.

Se este acordo for alcançado, em troca, a União Europeia (UE) poderá defender na cimeira de Dezembro uma aceleração do processo que permite conceder a Londres um período de transição de dois anos. Este período permitirá que o Reino Unido tenha a mesma relação que tem actualmente com a União Europeia, de acordo com o jornal inglês.

A Bloomberg, por sua vez, avança que, tanto o Reino Unido como a União Europeia, estão numa corrida contra o tempo para alcançar um compromisso para a questão da fronteira da Irlanda do Norte e República da Irlanda antes do início da próxima ronda de negociações para o Brexit, agendada para a próxima semana.

O Reino Unido precisa de encontrar uma solução que não permita que exista uma fronteira totalmente rígida entre as duas nações, após 29 de Março de 2019, quando o Reino Unido deixar a União Europeia.

A questão da fronteira irlandesa era um dos três temas que têm estado a impedir as negociações em torno da saída do Reino Unido da União Europeia progridam para a chamada segunda fase. Com esta questão sanada, e dado que durante esta semana foi noticiado Londres e Bruxelas chegaram a um acordo sobre o valor da factura que Londres terá de pagar para sair do bloco europeu, as negociações poderão então avançar para a questão comercial, algo que Londres quer ver rapidamente debatida.

É que em meados de Outubro, no final da cimeira europeia, e apesar dos parcos progressos nas questões centrais da "primeira fase" das negociações (nomeadamente a factura do Brexit, a questão da Irlanda e os direitos dos cidadãos da UE), os líderes europeus deram "luz verde" aos preparativos internos da União Europeia a 27 para a passagem à "segunda fase" em Dezembro, caso o Reino Unido faça a sua parte até essa data.

"Esperamos poder avançar para a segunda fase das negociações em Dezembro conforme as conclusões hoje adoptadas sobre o 'Brexit'", afirmou Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu. "Precisamos de uma narrativa mais positiva".

Tusk sublinhou ainda que os relatos sobre um bloqueio nas negociações são "exagerados", até porque houve alguns progressos, ainda que tenham sido "insuficientes".

Factura ascende no máximo a 55 mil milhões

De acordo com a notícia do Telegraph, publicada a 28 de Novembro, que cita fontes não identificadas britânicas e europeias, Reino Unido e a UE terão acordado o valor da factura do Brexit, que deverá fixar-se entre 45 e 55 mil milhões de euros, ou seja, abaixo dos 60 mil milhões de euros exigidos pela UE. No entanto, o valor final dependerá da forma como cada um dos lados calculará o resultado da metodologia escolhida.

 

As fontes referenciadas pelo Telegraph falam em acordo de princípio entre as duas equipas responsáveis pela condução das negociações, adiantando que os termos foram definidos na semana passada.

 

No entanto, o Telegraph lembra que este não é ainda um acordo final. No mesmo sentido, a agência Reuters adianta que um elemento do governo do Reino Unido já avisou que não reconhece a notícia avançada pelo Telegraph.

 

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