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Brexit: Juncker quer "acordo justo e equilibrado" dentro das "nossas regras"
O presidente da Comissão Europeia fez uma apreciação genérica. Lembra que as negociações ainda não começaram e só serão iniciadas depois de Londres activar formalmente o artigo 50.º do Tratado, o que promete fazer até ao fim de Março.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou nesta quarta-feira, 18 de Janeiro, que as negociações de saída do Reino Unido da União Europeia – processo conhecido por Brexit - devem ser conduzidas com o propósito de produzirem um "acordo justo e equilibrado" que "respeite inteiramente as nossas regras".
Falando em Estrasburgo, onde decorre a sessão mensal do Parlamento Europeu, Juncker, prometeu fazer "todos os possíveis" nas negociações para alcançar esse objectivo, tendo ainda saudado a primeira-ministra britânica, Theresa May, por ter fornecido maior clareza sobre a estratégia negocial do Reino Unido.
"Saúdo os esclarecimentos dados por May, mas disse-lhe ontem que um discurso não vai lançar as negociações", prosseguiu, frisando que isso só acontecerá quando o Reino Unido accionar formalmente o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, o que Londres promete fazer até ao fim de Março.
"Haverá uma negociação sem precedente que tem de ser concluída em dois anos e as consequências serão consideráveis para o Reino Unido, os seus 27 parceiros e a União no seu conjunto", acrescentou Juncker, citado pela Lusa, repetindo o registo genérico que tem marcado as reacções dos demais dirigentes europeus.
Seis meses depois do referendo, Londres pôs ontem finalmente as cartas na mesa e jogou alto. Quer cortar de vez com a UE, incluindo com o mercado único, o que significa fazer um "hard Brexit", ou uma saída completa da União.
Ao mesmo tempo, porém, Londres quer negociar de raiz um novo enquadramento com os demais países da União que lhe conceda o máximo acesso possível no comércio de bens e serviços, total liberdade para negociar acordos com países terceiros, e garanta o fim da interferência de Bruxelas nas suas políticas de entrada de estrangeiros e da supremacia da jurisprudência dos tribunais europeus, bem como uma redução substancial do que hoje paga para os orçamentos comunitários. E Londres quer tudo isso embrulhado numa "parceria estratégica" como as que a UE reserva para as grandes potências globais, como os Estados Unidos.
Esta estratégia foi pela primeira vez admitida de forma clara por Theresa May, segundo a qual só uma saída completa do país da UE dará seguimento ao resultado do referendo e poderá ser simultaneamente compatível com a indivisibilidade das quatro liberdades de circulação (incluindo a de pessoas) com que os demais países da UE reiteraram a definição do mercado único.
"Quero ser clara: O que estou a propor não pode significar continuar a pertencer ao mercado único", disse referindo-se à parte da UE que, quem fez a campanha pelo "Brexit", prometera ser possível manter. Em contrapartida, acrescentou, "procuraremos obter o mais vasto acesso possível através de um novo acordo de livre comércio que seja abrangente, audaz e ambicioso. Esse acordo pode incluir elementos da actual regulamentação do mercado único nalgumas áreas".
Falando em Estrasburgo, onde decorre a sessão mensal do Parlamento Europeu, Juncker, prometeu fazer "todos os possíveis" nas negociações para alcançar esse objectivo, tendo ainda saudado a primeira-ministra britânica, Theresa May, por ter fornecido maior clareza sobre a estratégia negocial do Reino Unido.
"Haverá uma negociação sem precedente que tem de ser concluída em dois anos e as consequências serão consideráveis para o Reino Unido, os seus 27 parceiros e a União no seu conjunto", acrescentou Juncker, citado pela Lusa, repetindo o registo genérico que tem marcado as reacções dos demais dirigentes europeus.
Seis meses depois do referendo, Londres pôs ontem finalmente as cartas na mesa e jogou alto. Quer cortar de vez com a UE, incluindo com o mercado único, o que significa fazer um "hard Brexit", ou uma saída completa da União.
Ao mesmo tempo, porém, Londres quer negociar de raiz um novo enquadramento com os demais países da União que lhe conceda o máximo acesso possível no comércio de bens e serviços, total liberdade para negociar acordos com países terceiros, e garanta o fim da interferência de Bruxelas nas suas políticas de entrada de estrangeiros e da supremacia da jurisprudência dos tribunais europeus, bem como uma redução substancial do que hoje paga para os orçamentos comunitários. E Londres quer tudo isso embrulhado numa "parceria estratégica" como as que a UE reserva para as grandes potências globais, como os Estados Unidos.
Esta estratégia foi pela primeira vez admitida de forma clara por Theresa May, segundo a qual só uma saída completa do país da UE dará seguimento ao resultado do referendo e poderá ser simultaneamente compatível com a indivisibilidade das quatro liberdades de circulação (incluindo a de pessoas) com que os demais países da UE reiteraram a definição do mercado único.
"Quero ser clara: O que estou a propor não pode significar continuar a pertencer ao mercado único", disse referindo-se à parte da UE que, quem fez a campanha pelo "Brexit", prometera ser possível manter. Em contrapartida, acrescentou, "procuraremos obter o mais vasto acesso possível através de um novo acordo de livre comércio que seja abrangente, audaz e ambicioso. Esse acordo pode incluir elementos da actual regulamentação do mercado único nalgumas áreas".