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Balcãs Ocidentais indignados com bloqueio da sua adesão à UE

Vários líderes dos países dos Balcãs Ocidentais que se candidataram para aderir à União Europeia (UE) expressaram esta quinta-feira a sua "insatisfação" e denunciaram a falta de "credibilidade" do grupo dos 27, agravada pelo estatuto concedido à Ucrânia.

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Yves Herman/Reuters
24 de Junho de 2022 às 00:04
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"Não conseguimos nada", resumiu o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, durante uma conferência de imprensa conjunta com os seus colegas albanês e macedónio.

O veto da Bulgária à abertura de negociações de adesão com a Macedónia do Norte por motivos de disputas históricas e culturais amargurou os líderes dos Balcãs.

"A posição búlgara permanece inalterada até que parlamento búlgaro tome uma decisão", anunciou primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, derrubado na noite de quarta-feira por uma moção de censura.

O parlamento búlgaro, que o derrubou, pode decidir na sexta-feira levantar o veto.

"Todos os europeus estão à espera para ver qual vai ser a decisão", disse Kiril Petkov.

Os deputados devem decidir sobre um compromisso, proposto pela França, prevendo uma mudança na Constituição da Macedónia do Norte para incluir os búlgaros nos grupos étnicos reconhecidos.

"Acredito que estamos muito próximos de um acordo", declarou o Presidente francês, Emmanuel Macron, pedindo aos búlgaros "que cumpram o seu dever como europeus".

O primeiro-ministro da Macedónia do Norte, Dimitar Kovacevski, no entanto, havia julgado que esta proposta de compromisso "na sua forma atual" era "inaceitável".

Devido à disputa Sofia-Skopje, as negociações com a Albânia também estão paralisadas.

O primeiro-ministro albanês, Edi Rama, disse que a situação atual é "verdadeiramente muito, muito preocupante".

"Sinto muito pela UE", acrescentou.

Ainda assim, Edi Rama saudou a UE por ter concedido à Ucrânia o estatuto de país candidato à adesão, mas alertou Kiev para não pensar que será um processo rápido.

"Bem-vinda, Ucrânia. É bom que a Ucrânia tenha estatuto [de país candidato]. Mas espero que os ucranianos não tenham ilusões", realçou.

Por sua vez, Dimitar Kocavski disse que o quadro atual "é um golpe muito forte na credibilidade da UE".


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