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Acordo sobre novo quadro comunitário deve ocorrer antes das europeias

A comissária europeia responsável pela Política Regional, Corina Cretu, disse esta quinta-feira no parlamento que, se o acordo sobre o próximo quadro comunitário não for fechado antes das eleições europeias, haverá projectos em risco.

Miguel A. Lopes/Lusa
06 de Dezembro de 2018 às 22:49
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Corina Cretu falava no parlamento, perante os deputados da Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da "Estratégia Portugal 2030" sobre o quadro financeiro plurianual.

 

"Tive uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, e conheço perfeitamente as preocupações em termos de aprovação da proposta", começou por dizer a comissária. "De acordo com os nossos estudos, se esta proposta não for aprovada antes das eleições europeias [maio de 2019] haverá uma série de projectos nos 28 países que ficará em perigo por não terem a possibilidade de chegarem a bom porto", acrescentou Corina Cretu.

 

A comissária pediu aos deputados "apoio para aprovação das propostas apresentadas pela Comissão Europeia para que o investimento possa começar no dia 1 de Janeiro de 2021".

 

Corina Cretu disse que na sexta-feira teve uma reunião "com os 28 ministros" e que está "menos optimista", porque existe "uma divisão entre os Estados-membros". "Por outro lado, devemos ser optimistas e fazer tudo o que for possível para apressarmos o andamento das coisas no Conselho Europeu", defendeu. 

 

"Gostaria de ter o vosso apoio porque a voz do parlamento, das regiões, das pessoas que aproveitam os programas é uma parte importante e pode exercer pressão no Conselho Europeu", apelou aos deputados da comissão parlamentar.

 

Perante as críticas dos deputados sobre a proposta Comissão Europeia que prevê para Portugal cerca de 23 mil milhões de euros do fundo de coesão, menos 7% face ao quadro actual, Corina Cretu defendeu que foi feito "o melhor possível", tendo sido seguido o método habitual que tem em conta o PIB per capita.

 

A comissária salientou que "a margem de manobra é muito reduzida" e que nos últimos anos "foi investido muito na economia portuguesa e nas regiões".

 

Sublinhando que "há países que tiveram cortes de 25%" nos fundos europeus devido ao seu desenvolvimento económico, Corina Cretu acrescentou que é "a lógica da política a funcionar: quanto melhor estão os países, menos recebem".

 

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