Notícia
União Europeia assina acordo sobre nova parceria com Reino Unido
Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu assinaram hoje formalmente, em Bruxelas, o Acordo de Comércio e Cooperação que regerá a nova parceria com o Reino Unido no pós-Brexit, já a partir de sexta-feira.
30 de Dezembro de 2020 às 09:10
Na sequência do compromisso alcançado em 24 de dezembro, os textos do acordo foram assinados hoje de manhã, numa breve cerimónia em Bruxelas, pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho, Charles Michel, e seguirão de imediato de avião para Londres, onde deverão ser assinados, à tarde, pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no mesmo dia em que o parlamento britânico dará a sua 'luz verde' à nova parceria com a UE.
Uma vez que o período de transição do Brexit expira na quinta-feira, no último dia do ano, que assinala a saída em definitivo do Reino Unido do mercado único e união aduaneira e a concretização do primeiro 'divórcio' da história da UE, o acordo vai ser aplicado de forma provisória a partir de sexta-feira, 01 de janeiro, previsivelmente até final de fevereiro, de modo a dar tempo ao Parlamento Europeu para analisar o acordo e aprová-lo.
Numa cerimónia sóbria na sede do Conselho Europeu -- a instituição na qual estão representados os 27 Estados-membros -, Von der Leyen e Charles Michel assinaram, pela UE, o Acordo de Comércio e Cooperação e ainda dois textos separados, sobre procedimentos de segurança para a troca e proteção de informações classificadas e sobre cooperação nuclear.
Os textos seguirão imediatamente para Londres, num avião da Royal Air Force, 'escoltados' por funcionários da UE e do Governo britânico -- os originais e cópias -, para serem assinados pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com os originais a regressarem a Bruxelas, explicaram responsáveis europeus.
A assinatura ocorre no mesmo dia em que o acordo vai ser debatido e votado no parlamento britânico, num procedimento a salvo de surpresas, já que, além da maioria absoluta do Partido Conservador 'de' Boris Johnson, a chamada Proposta de Lei sobre o Relacionamento Futuro conta também com o apoio do Partido Trabalhista, o principal partido da oposição.
Após 10 meses de negociações, a União Europeia e o Reino Unido chegaram finalmente a um Acordo de Comércio e Cooperação em 24 de dezembro para entrar em vigor a partir de 01 de janeiro de 2021, logo a seguir ao fim do período de transição pós-Brexit que manteve os britânicos até agora no mercado único e união aduaneira e ainda sob as regras da UE, que deixam agora de se lhe aplicar.
Com esta parceria económica e comercial, a UE oferece a Londres o acesso sem quotas nem taxas aduaneiras ao seu mercado de 450 milhões de consumidores, mas prevê sanções e medidas compensatórias no caso de incumprimento das regras de concorrência e apoios estatais às empresas, ambientais, laborais e fiscais.
O compromisso árduo sobre as pescas -- principal razão para o acordo ter sido alcançado já à 'última hora' - prevê um período transitório até junho de 2026, durante o qual os europeus abandonarão gradualmente 25% de suas capturas nas águas do Reino Unido, após o qual as quotas de pesca passarão a ser negociadas anualmente.
Dado já não ser tecnicamente viável a ratificação com vista à sua entrada em vigor em 01 de janeiro de 2021, os 27 e o Reino Unido concordaram com a aplicação do novo acordo de forma provisória até ser aprovado oficialmente pelo Parlamento Europeu, o que deverá suceder em fevereiro.
O acordo entra em vigor às 00:00 de sexta-feira em Bruxelas, 23:00 de quinta-feira em Lisboa e Londres.
Uma vez que o período de transição do Brexit expira na quinta-feira, no último dia do ano, que assinala a saída em definitivo do Reino Unido do mercado único e união aduaneira e a concretização do primeiro 'divórcio' da história da UE, o acordo vai ser aplicado de forma provisória a partir de sexta-feira, 01 de janeiro, previsivelmente até final de fevereiro, de modo a dar tempo ao Parlamento Europeu para analisar o acordo e aprová-lo.
LIVE NOW: EU-UK Agreements signature in Brussels https://t.co/E4q0uwsL27
— Charles Michel (@eucopresident) December 30, 2020
Numa cerimónia sóbria na sede do Conselho Europeu -- a instituição na qual estão representados os 27 Estados-membros -, Von der Leyen e Charles Michel assinaram, pela UE, o Acordo de Comércio e Cooperação e ainda dois textos separados, sobre procedimentos de segurança para a troca e proteção de informações classificadas e sobre cooperação nuclear.
Os textos seguirão imediatamente para Londres, num avião da Royal Air Force, 'escoltados' por funcionários da UE e do Governo britânico -- os originais e cópias -, para serem assinados pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com os originais a regressarem a Bruxelas, explicaram responsáveis europeus.
A assinatura ocorre no mesmo dia em que o acordo vai ser debatido e votado no parlamento britânico, num procedimento a salvo de surpresas, já que, além da maioria absoluta do Partido Conservador 'de' Boris Johnson, a chamada Proposta de Lei sobre o Relacionamento Futuro conta também com o apoio do Partido Trabalhista, o principal partido da oposição.
Após 10 meses de negociações, a União Europeia e o Reino Unido chegaram finalmente a um Acordo de Comércio e Cooperação em 24 de dezembro para entrar em vigor a partir de 01 de janeiro de 2021, logo a seguir ao fim do período de transição pós-Brexit que manteve os britânicos até agora no mercado único e união aduaneira e ainda sob as regras da UE, que deixam agora de se lhe aplicar.
Com esta parceria económica e comercial, a UE oferece a Londres o acesso sem quotas nem taxas aduaneiras ao seu mercado de 450 milhões de consumidores, mas prevê sanções e medidas compensatórias no caso de incumprimento das regras de concorrência e apoios estatais às empresas, ambientais, laborais e fiscais.
O compromisso árduo sobre as pescas -- principal razão para o acordo ter sido alcançado já à 'última hora' - prevê um período transitório até junho de 2026, durante o qual os europeus abandonarão gradualmente 25% de suas capturas nas águas do Reino Unido, após o qual as quotas de pesca passarão a ser negociadas anualmente.
Dado já não ser tecnicamente viável a ratificação com vista à sua entrada em vigor em 01 de janeiro de 2021, os 27 e o Reino Unido concordaram com a aplicação do novo acordo de forma provisória até ser aprovado oficialmente pelo Parlamento Europeu, o que deverá suceder em fevereiro.
O acordo entra em vigor às 00:00 de sexta-feira em Bruxelas, 23:00 de quinta-feira em Lisboa e Londres.