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UE pondera novas sanções à Rússia que podem incluir embargo ao petróleo e carvão

A crise humanitária em Mariupol está a pressionar os líderes europeus a avançarem com um novo pacote de sanções contra a Rússia. O embargo ao carvão e petróleo russos é um "passo lógico" para vários países, mas a Alemanha não quer agir rápido demais numa altura de escalada dos preços da energia.

Lusa_EPA/reuters
21 de Março de 2022 às 10:09
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A União Europeia pondera intensificar as sanções contra Rússia, de forma a cortar a receita que o país arrecada com a energia. As novas sanções visam dar uma "resposta forte" à crise humanitária que se vive na Ucrânia desde a invasão russa, sobretudo na cidade portuária de Mariupol, que tem chocado o Ocidente. 

A hipótese de virem a ser aumentadas as sanções contra a Rússia foi elencada por dois ministros dos Negócios Estrangeiros (o da Lituânia e o da Irlanda), à entrada para uma reunião desta segunda-feira, em Bruxelas, que irá juntá-los aos ministros da Defesa para decidir os próximos passos a tomar para travar a invasão russa.

"Olhando para o rasto de destruição atual na Ucrânia, é muito difícil dizer que não deveríamos atuar no setor de energia, particularmente no petróleo e carvão", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Irlanda, Simon Coveney, citado pela Reuters.

O embargo à energia russa é um "passo lógico" para vários países, mas a Alemanha tem alertado para os riscos de agir rápido demais numa altura de escalada dos preços da energia. Já a França considera que a imposição de novas sanções não deve ser um tema "tabu", tendo em conta os ataques perpetrados contra civis. 

Por outro lado, há quem defenda que o ataque com armas químicas ou o pesado bombardeamento de Kiev são os "gatilhos" para a Europa avançar com um embargo à energia russa. 

"É inevitável que se comece a falar sobre o setor de energia, e definitivamente podemos falar sobre petróleo porque é a maior receita do orçamento da Rússia", argumentou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, à entrada da reunião, sublinhando que a Europa não se pode "cansar" de impor sanções à Rússia.

O novo pacote de sanções poderá juntar-se ao que já está atualmente em vigor e que prevê o congelamento de ativos do banco central russo e de vários oligarcas ligados ao regime de Vladimir Putin, bem como a exclusão de sete bancos russos do sistema Swift, que permite as transações financeiras internacionais. 
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