Notícia
Turquia deteve 40 mil e afastou quase 80 mil funcionários desde o golpe falhado
Metade dos detidos, cerca de 20 mil pessoas, foi formalmente presa, sob acusações de relação directa com a organização do golpe de 15 de Julho.
Negócios
17 de Agosto de 2016 às 21:45
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São 40.029 para ser mais preciso. É este o número deixado esta quarta-feira, 17 de Agosto, pelo primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, para quantificar o número de pessoas detidas desde que, a 15 de Julho, o regime de Erdogan foi confrontado com uma tentativa gorada de golpe militar.
Metade – 20.355 – foi formalmente presa, sob acusações de relação directa com a organização da intentona, acrescenta o governante, citado pela Reuters. Além disso, 79.900 funcionários foram afastados de funções públicas e 4.262 empresas e instituições foram encerradas.
Entidades que Ancara sustenta estarem relacionadas com o líder religioso Fethullah Gulen, exilado nos EUA e que acusa de estar por detrás do golpe. Uma acusação que motivou a intenção de extraditar Gulen e que este sempre tem negado, condenando o golpe.
A realização de detenções massivas na purga levada a cabo pelo regime do Presidente Erdogan levou à sobrelotação das cadeias do país, o que obrigou à libertação de 38 mil prisioneiros condenados por crimes cometidos antes de 1 de Julho. O anúncio da libertação tinha sido feito ao início desta quarta-feira pelo ministro turco da Justiça, Bekir Bozdag.
Ainda ontem a polícia turca lançou operações de busca em 44 empresas, tendo na sua mão mandados para a captura de 120 empresários, alegadamente relacionados com a tentativa de golpe de Estado.
No rescaldo do golpe, Erdogan admitiu mesmo a possibilidade de reintrodução da pena de morte no país. Uma eventualidade de que a União Europeia - com quem Ancara negoceia uma entrada no espaço comunitário - não quer ouvir falar.
