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“Sanções vão restringir o crescimento da Rússia”, diz Comissão Europeia. “Povo russo não quer esta guerra”
Numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da NATO, Charles Michel e Ursula von der Leyen condenaram as ações da Rússia. “Em conjunto com os nossos aliados vamos exigir responsabilidades à Rússia”, disse Charles Michel.
A Comissão Europeia está empenhada em utilizar as sanções económicas para reagir à invasão russa a território ucraniano. Numa conferência de imprensa conjunta, Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, mostraram-se unidos para condenar o comportamento russo. "Somos uma união, uma aliança, unida por um propósito", frisou Charles Michel.
"O que está em risco não é apenas Donbass ou a Ucrânia, é a estabilidade da Europa. O presidente Putin escolheu trazer a guerra de volta à Europa", lamentou von der Leyen.
"Vamos tentar tornar o mais difícil possível que o Kremlin possa perseguir as suas intenções." Von der Leyen explicou que, ao longo desta quinta-feira, Bruxelas vai apresentar um pacote "massivo e de sanções direcionadas aos líderes para aprovação". "Este pacote vai incluir sanções financeiras que vão, de forma dura, limitar o acesso da Rússia aos mercados de capitais. Estas sanções vão ter um impacto pesado na Rússia".
A líder da Comissão Europeia destacou que a economia russa já tem sofrido consequências da tensão na Ucrânia ao longo das últimas semanas e as "pressões vão agora acumular"
"Estas sanções vão restringir o crescimento económico da Rússia, aumentar os custos e a inflação e gradualmente desgastar a capacidade industrial."
E, de acordo com von der Leyen, um dos pilares das sanções incluirá também as limitações ao acesso a tecnologia. "Queremos "cortar" a indústria russa da tecnologia que é hoje desesperadamente necessária para construir o futuro". Estas limitações vão estender-se de limitações ao acesso a componentes até a software.
"É um ataque bárbaro que condenamos sem qualquer reserva", referiu o secretário-geral da NATO, que já havia referido em conferência de imprensa esta manhã que a invasão à Ucrânia era um ato condenável por parte da Rússia.
(notícia atualizada com mais informação às 13:23)