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PSOE cresce e já vale o dobro do PP em sondagem

A sondagem do CIS atribui 34,2% das intenções de voto ao PSOE, que assim subiria cinco pontos percentuais face às eleições gerais de 28 de abril. O PSOE consegue o dobro das intenções do PP enquanto o Unidas Podemos supera o Cidadãos como terceira maior força.

Reuters
26 de Setembro de 2019 às 16:12
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Se as eleições gerais espanholas antecipadas fossem realizadas agora, o PSOE conseguiria reforçar a votação obtida na eleição inconclusiva de 28 de abril e duplicaria o resultado do PP.

De acordo com a sondagem levada a cabo pelo instituto de sondagens CIS (realizada antes de o rei convocar oficialmente eleições antecipadas para 10 de novembro), o PSOE (centro-esquerda) do primeiro-ministro em funções Pedro Sánchez garante 34,2% das intenções de voto, mais cinco pontos percentuais do que os 28,7% obtidos em abril e o dobro dos 17,1% atribuídos ao PP (centro-direita).

Se os conservadores liderados por Pablo Casado obtivessem tal resultado, seria ainda assim uma ligeira melhoria comparativamente com os 16,7% alcançados na última eleição.

Unidas Podemos (esquerda radical) e Cidadãos (liberais) trocam de posição face a abril, já que a aliança de esquerda protagonizada por Pablo Iglesias garante 15,5% e o partido de Albert Rivera recua para 12,9%. Nas eleições realizadas há cinco meses, o Unidas Podemos teve 14,3% e o Cidadãos alcançou 15,9%.

Nota ainda para a quebra da extrema-direita (Vox), que após ter registado um resultado inesperadamente robusto em abril (10,3%) se fica agora por 7,5% das intenções. Por fim, entre as forças mais pequenas volta a destacar-se a catalã ERC (esquerda radical soberanista) com 3,7%, um resultado em linha com os 3,9% verificados nas últimas eleições parlamentares.

Além de a sondagem ter sido realizada antes de terminar o prazo atribuído pela Constituição para a formação de um governo, não contempla ainda a divisão entretanto confirmada no bloco de esquerda com o surgimento da plataforma com que Íñigo Errejón se vai candidatar às eleições de 10 de novembro.

Depois de ter abandonado o Podemos, o antigo número dois de Iglesias acaba assim por confirmar uma cisão há muito anunciada, sendo que nesta fase é ainda difícil avaliar o nível de apoio que esta plataforma de esquerda poderá conseguir.

Este estudo de opinião mostra ainda um enorme descontentamento dos eleitores espanhóis em relação ao panorama político de um país que vai realizar as quartas eleições gerais em quatro anos depois de dois desses atos eleitorais não terem resultado na formação de um governo.

Para 77% dos inquiridos a situação política espanhola "é má ou muito má" e 28% acreditam que o panorama poderá ainda piorar.

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