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Procuradoria belga confirma dois mortos e um ferido em operação antiterrorista no país

Uma operação antiterrorista na Bélgica contra grupos 'jihadistas' que se preparavam para cometer atentados, provocou esta quinta-feira a morte de dois suspeitos e um ferido em Verviers (leste), referiu em conferência de imprensa em Bruxelas o porta-voz do procurador federal.

15 de Janeiro de 2015 às 20:32
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A acção policial ocorreu no centro da cidade e não foram registadas vítimas entre as forças policiais ou civis. Na operação "morreram dois supostos 'jihadistas' e um terceiro ficou ferido", anunciou Eric Van der Sypt.

 

De acordo com o porta-voz, a ampla operação desencadeada em Verviers e que se estendeu a Bruxelas e Vilvoorde, "evitou atentados terroristas de envergadura que iam ser cometidos de imediato". 

 

Antes, informações divulgadas pelos 'media' referiram-se a três mortos na sequência da operação destinada a neutralizar um grupo com alegadas ligações a Amedy Coulibaly, e enquanto prosseguia uma operação idêntica em Bruxelas.

 

Os suspeitos teriam a intenção de desencadear ataques na capital belga, na sequência os ataques de Paris de semana passada pelos irmãos Kouachi contra a redacção do semanário satírico, Charlie Hebdo (12 mortos) e num supermercado judaico, efectuado por Coulibaly (quatro mortos). Os três 'jihadistas' acabaram por ser mortos pela polícia francesa.

 

De acordo com testemunhos coincidentes, o assalto foi efectuado por forças de intervenção da polícia federal perto das 17:45 locais (16:45 em Lisboa). Os polícias entraram na habitação enquanto atiradores especiais no exterior vigiavam os telhados dos prédios. Imagens vídeo mostram um apartamento em chamas com polícias no seu interior, e são audíveis explosões e disparos.

 

Em paralelo, a polícia desencadeou uma vasta operação na noite de hoje em Bruxelas, conduzidas por unidades antiterroristas da polícia federal e dirigidas contra um grupo de 'jihadistas' regressado da Síria, que há muito estariam sob vigilância policial.

 

Escutas nas suas habitações e nos seus telefones terão revelado que estes suspeitos teriam também a intenção de efectuar ataques na capital belga, na sequência dos ataques de Paris.

 

Uma testemunha referiu ao jornal Le Soir que ao passar de automóvel junto ao palácio da justiça de Verviers às 18:00 locais (17:00 em Lisboa) escutou "duas explosões (...) e viu dois jovens de 25 ou 30 anos de origem magrebina, vestidos de negro e com um saco da mesma cor".

 

A testemunha precisou que os dois homens pareciam assutados. "Quando quis continuar o percurso, reparei que estava tudo bloqueado pela polícia".

 

O diário flamengo De Standaard e a cadeia de televisão pública francófona RTBF, também referiam que os mortos seriam dois 'jihadistas'. Diversos meios de comunicação tinham no entanto garantido a morte de um terceiro suspeito na operação, que não se confirmou.

 

O De Standaard adiantou que os suspeitos "preparavam um ataque e com esta operação foi evitada uma nova tragédia como a de Paris", numa referência ao atentado de 7 de Janeiro contra o jornal Charlie Hebdo, que provocou 12 mortos.

 

A polícia local precisou que as ruas das Escolas e do Palácio em Verviers foram encerradas à circulação, e enviadas ambulâncias para o local.  

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