Portugal recebe este sábado, 7 de Novembro, um grupo de cerca de vinte refugiados. De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a maioria dos refugiados é da Síria. Entre eles contam-se também cidadãos da Eritreia e Sudão. No entanto, este grupo de refugiados chega reduzido, uma vez que estava prevista a chegada de 45 refugiados, mas uma nota do SEF enviada ao final do dia na última sexta-feira, 5 de Novembro, dava conta do cancelamento do voo de um dos grupos, devido à greve da companhia alemã Lufthansa. 

Este é o segundo adiamento que este grupo de refugiados enfrenta, dado que a sua chegada já deveria ter ocorrido em Setembro, mas em Outubro, uma nota da Lusa dava conta de "uma situação burocrática no Egipto" que impediu a saída do grupo de refugiados do Cairo.

O grupo que chega este sábado não pertence ao grupo que deverá entrar no final deste mês, para dar cumprimento ao programa de relocalização de refugiados proposto pela Comissão Europeia. A chegada destes 45 refugiados - que por agora serão apenas 22 - decorre "no âmbito de um processo diferente, denominado de reinstalação e constitui a quota que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) atribuiu a Portugal em 2014, não tendo qualquer relação com o processo de recolocação dos 4.500 requerentes de protecção internacional, conforme decisão da União Europeia", esclarece um comunicado do SEF.

Os refugiados que são recebidos em Portugal são maioritariamente famílias com crianças pequenas e vão ficar instalados em Penela, em Coimbra, e na área de Lisboa. A sua reinstalação está a ser preparada com a cooperação das Organizações Não Governamentais (ONG), como o Conselho Português para os Refugiados, o Serviço Jesuíta aos Refugiados e a Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional.

No grupo de 45 refugiados - por enquanto incompleto - 20 deverão ser instalados em Penela e os restantes em Lisboa. Em Penela, os refugiados serão recebidos por uma equipa de integração de várias nacionalidades, entre elas ucraniana, tunisina e um português que foi emigrante em França, informa a Fundação ADFP - Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional.