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Polónia desconvoca NATO. "Não há provas de um ataque deliberado"
Secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, diz que análise preliminar aponta para "algo causado por um míssil de defesa ucraniano".
Segundo a agência espanhola, o chefe de Estado polaco defendeu que não se tratou "de um ataque direcionado à Polónia".
Numa conferência de imprensa esta quarta-feira, a partir de Bruxelas, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg (na foto), confirmou também que "não há provas de um ataque deliberado" e que a análise preliminar aponta para "algo causado por um míssil de defesa ucraniano".
O responsável pela NATO reitera que, apesar de tudo apontar que o míssil não foi disparado pela Rússia, o país liderado por Vladimir Putin "tem a responsabilidade final". "Claro que a Ucrânia tem o direito de abater esses mísseis", defendeu.
"São responsáveis por esta guerra, que causou esta situação. Mas os aliados concordam que não há razão para uma reunião sobre o artigo 4, com base na análise e nos resultados da avaliação que está em curso", reforçou.
Os membros da NATO ficaram ontem em sobressalto, quando foi divulgado que um míssil russo caiu em território polaco, tendo causado duas vítimas mortais. É a primeira vez, desde o início da guerra na Ucrânia - a 24 de fevereiro - que um país da Aliança Atlântica é atingido.
A possibilidade de este ser propositado e vindo da Rússia gerou receios quanto a uma escalada de tensão, uma vez que o tratado da NATO define que os países membros concordam que "um ataque contra um é um ataque contra todos".
A queda de mísseis em território polaco ocorreu num dia em que Moscovo intensificou os ataques aéreos contra a Ucrânia.
Stoltenberg terminou a conferência dizendo que a guerra terminará, provavelmente, numa mesa de negociações, mas que a melhor forma de assegurar "uma paz negociada é apoiar os ucranianos no campo de batalha", de modo a garantir que a "Ucrânia se mantenha como nação independente e soberana".
Notícia atualizada às 12h20